Dia 21 de janeiro de 2016 – Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12:
Naquele tempo, Jesus retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia.
Também da Judeia e de Jerusalém, da Iduméia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidônia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia.
Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse.
Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem.
Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus».
Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.
Comentário do dia
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Demonstração da pregação apostólica, 92-95
Acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia.
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de Se manifestar no meio de nós – com efeito, o Filho de Deus fez-Se filho de homem – e de Se deixar conhecer por nós, que anteriormente O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: “Eis-me aqui, eis-me aqui” a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65,1). […] É também este o sentido daquelas palavras de João Batista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3,9). De fato, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. […]
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1,14), seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi transformado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54,1; Gal 4,27). […] Deus tem a sua felicidade na concessão da sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
Neste mês de janeiro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Diálogo inter-religioso
Para que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
Pela Evangelização: Unidade dos Cristãos
Para que, através do diálogo e da caridade fraterna, com a graça do Espírito Santo, sejam superadas as divisões entre os cristãos.