«Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3) – São Clemente de Alexandria (150-c. 215) teólogo Homilia: «Os ricos salvar-se-ão?»

2ª-feira da 20ª Semana Do Tempo Comum
17 de Agosto de 2020
Cor: Verde

Evangelho – Mt 19,16-22
Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens,
e terás um tesouro no céu.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 19,16-22:
16 Alguém aproximou-se de Jesus e disse:
‘Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?’
17 Jesus respondeu:
‘Por que tu me perguntas sobre o que é bom?
Um só é o Bom.
Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos.’
18 O homem perguntou: ‘Quais mandamentos?’
Jesus respondeu: ‘Não matarás, não cometerás adultério,
não roubarás, não levantarás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe,
e ama teu próximo como a ti mesmo.’
20 O jovem disse a Jesus:
‘Tenho observado todas essas coisas.
O que ainda me falta?’
21 Jesus respondeu:
‘Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens,
dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu.
Depois, vem e segue-me.’
22 Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza,
porque era muito rico.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia 
São Clemente de Alexandria (150-c. 215)
teólogo
Homilia: «Os ricos salvar-se-ão?»

«Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3)

 

Não se trata de rejeitar os bens suscetíveis de ajudar o próximo. É da natureza das posses serem possuídas; como é da natureza dos bens difundir o bem; Deus destinou-os ao bem-estar dos homens. Os bens estão nas nossas mãos como ferramentas, como instrumentos dos quais fazemos bom uso, se soubermos manipulá-los. […] A natureza fez das riquezas escravas, e não senhoras.

Não se trata, pois, de as depreciar, porque, em si mesmas, não são boas nem más, mas inocentes. De nós depende o uso, bom ou mau, que delas fazemos; o nosso espírito, a nossa consciência, são inteiramente livres para dispor à sua vontade dos bens que lhes foram confiados. Destruamos, pois, não os nossos bens, mas a cobiça que lhes perverte o uso. Quando nos tivermos tornado virtuosos, saberemos usá-los com virtude. Compreendamos que os bens dos quais nos mandam desfazer-nos são os desejos desregrados da alma. […]

Nada lucrais em largar o dinheiro que tendes, se continuardes a ser ricos em desejos desregrados. […] Eis de que forma concebe o Senhor o uso dos bens exteriores: temos de nos desfazer, não do dinheiro que nos permite viver, mas das forças que nos levam a usá-lo mal, ou seja, das doenças da alma. […] Temos de purificar a nossa alma, isto é, de a tornar pobre e nua, para ouvirmos o chamamento do Salvador: «Vem e segue-Me».

Ele é o caminho que percorre aquele que tem o coração puro. […] Este considera que a fortuna, o ouro, a prata, as casas que possui, tudo isso são graças de Deus; e mostra-Lhe o seu reconhecimento socorrendo os pobres com os seus fundos. Ele sabe que possui esses bens, mais para os irmãos do que para si mesmo; longe de se tornar escravo das suas riquezas, é mais forte do que elas; não as encerra na sua alma. […]

E, se um dia o dinheiro lhe desaparecesse, aceitaria a ruína com a felicidade dos melhores dias. É esse o homem, afirmo eu, que Deus considera bem-aventurado e a quem chama «pobre em espírito» (Mt 5,3), herdeiro certo do Reino dos Céus, que está fechado àqueles que não souberam desprender-se da sua opulência.

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