Nascido no ano de 1876, em 1900 entrou, já sacerdote, na Companhia de Jesus. Animou missões populares, foi capelão entre os imigrantes e os militares. Na grande guerra foi-lhe amputada uma perna. Desde 1923 afirmou que um católico não podia aderir ao nazismo. Diversas vezes encarcerado, no ano de 1939 foi internado na prisão de Sachsenhausen. Os nazistas, temendo que depois de morto se tornasse um exemplo, confinaram-no na abadia de Ettal. Em 1945 morreu repentinamente, em Münster, enquanto pregava. É bem-aventurado desde 1987.
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Perdeu a perna esquerda na primeira guerra mundial, na frente de batalha de Romania, onde atuou como voluntário para assistência espiritual dos combatentes. Já era sacerdote desde 1899, na companhia de Jesus, que o havia acolhido depois de cursar o Segundo Grau em Stoccard, e que depois lhe havia confiado a formação dos jovens em Münster da Baviera.
E depois da guerra, Pe. Rupert retorna para Münster: ensina, prega, orienta os jovens das “Congregações Marianas” e se encontra de novo a reviver momentos de guerra: depois, a prisão na Alemanha, nos anos de 1918 e 1919; Münster se torna a capital de uma agitada “república bávara”, de inspiração comunista e de breve duração. No ano de 1923 torna-se palco de fracassado golpe de Estado, promovido por um quase desconhecido agitador austríaco, Adolfo Hitler. Pe. Rupert ensina, fala na igreja e fora dela, entre os amigos e adversários, divulgando os princípios sociais cristãos, e incentivando para que fossem aplicados logo na agonizante Alemanha. No ano de 1933, dez anos depois, o seu fracasso em Münster. Hitler sobe ao poder em Berlim e imediatamente instaura um regime que subtrai aos alemães toda a liberdade: consenso e silêncio. São sempre menos os que refutam, um e outro que continuam a falar. E entre eles está Pe. Rupert, o jesuíta com uma perna só. Encontra pessoas e grupos, esforçando-se por orientá-los; esclarece que são inconciliáveis a fé cristã e a ideologia nazista. A sua obra apaixonada encontra apoio na enérgica intervenção do papa Pio XI, que na primavera de 1937 faz trabalhar também de noite os cardeais Pacelli e Faulhaber, para publicar em alemão a famosa encíclica “Mit brennender Sorge” (“Com ardente dor”) contra o neopaganismo e o racismo hitleriano.
Mas no mesmo ano de 1937 Pe. Rupert acaba no cárcere. Não falará mais, fechado na prisão de Sachenhausen-Oranienburg, em Berlim, até 1940. Estes anos enfraquecem o seu organismo mutilado, e agora é confinado na abadia beneditina de Ettal, onde será libertado em 1945 pelos americanos. Pe. Rupert volta livre e sem rancor. Basta-lhe ter sabido falar, como podia, a línguagem cristã, expondo a verdade cristã “em tempo oportuno e inoportuno”, o estilo de Paulo Apóstolo, contra as “fábulas” estranhas que pareciam encantar as massas. Mas o seu físico não resiste mais.
De volta a Münster, a morte o colhe no campo: na igreja, enquanto prega. E em Münster permanece o seu corpo, na cripta da Congregação Mariana chamada Bürgersaal. João Paulo II proclamou-o bem-aventurado no ano de 1987.