1º Domingo do Advento
29 de Novembro de 2020
Cor: Roxo
Evangelho – Mc 13,33-37
Vigiai: não sabeis quando o dono da casa vem.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 13,33-37:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
33 Cuidado! Ficai atentos,
porque não sabeis quando chegará o momento.
34 É como um homem que, ao partir para o estrangeiro,
deixou sua casa sob a responsabilidade de seus
empregados, distribuindo a cada um sua tarefa.
E mandou o porteiro ficar vigiando.
35 Vigiai, portanto, porque não sabeis
quando o dono da casa vem:
à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer.
36 Para que não suceda que, vindo de repente,
ele vos encontre dormindo.
37 O que vos digo, digo a todos: Vigiai!’
Palavra da Salvação
Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre o Salmo 49
As duas vindas de Cristo
Aquando da sua primeira vinda, Deus veio sem brilho, desconhecido da maioria, prolongando durante longos anos o mistério da sua vida oculta. Quando desceu do monte da Transfiguração, Jesus pediu aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo. Vinha como pastor à procura da ovelha perdida e, para recuperar esse animal rebelde, tinha de permanecer oculto. Tal como um médico que tenta não assustar o seu doente na primeira consulta, também o Salvador evitou dar-Se a conhecer logo no início da sua missão, só o fazendo pouco a pouco.
O profeta tinha predito esta vinda sem brilho nestes termos: «Descerá como a chuva sobre um velo e como a água que corre gota a gota sobre a terra» (Sl 71,6). Ele não rasgou o firmamento para vir sobre as nuvens, mas veio em silêncio, permanecendo nove meses oculto no seio de uma Virgem. Nasceu num presépio, como filho de um humilde operário. […] Andou dum lado para o outro como um homem normal; as suas vestes eram simples, a sua mesa frugal. Caminhava sem parar, a ponto de ficar cansado.
Mas a segunda vinda não será assim. Ele virá com tanto brilho que nem terá de anunciar a sua chegada: «Como o relâmpago que parte do Ocidente e aparece no Oriente, assim será a vinda do Filho do homem» (Mt 24,27). Este será o tempo do julgamento e da sentença, em que o Senhor não aparecerá como médico, mas como juiz. […] Davi, o rei-profeta, fala de um esplendor, de um brilho e de um fogo irradiando em todas as direções: «Um fogo caminhará diante dele e à sua volta rugirá violenta tempestade» (Sl 49,3). Todas estas comparações pretendem fazer-nos compreender a soberania de Deus, a luz intensa que O rodeia e a sua natureza inacessível.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração universal – A inteligência artificial
Rezemos para que o progresso da robótica e da inteligência artificial esteja sempre a serviço do ser humano.