Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 21 de julho de 2010
Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: São Lourenço de Brindisi, 1559-1619 – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=21&Mes=7
Livro de Jeremias 1,1.4-10:
Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que viviam em Anatot, terra de Benjamim,
A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
«Antes de te haver formado no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta das nações.»
E eu respondi: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, pois ainda sou um jovem.»
Mas o Senhor replicou-me: «Não digas: ‘Sou um jovem’. Pois irás aonde Eu te enviar e dirás tudo o que Eu te mandar.
Não terás medo diante deles, pois Eu estou contigo para te livrar» – oráculo do Senhor.
Em seguida, o Senhor estendeu a sua mão, tocou-me nos lábios e disse-me: «Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;
a partir de hoje, dou-te poder sobre os povos e sobre os reinos, para arrancares e demolires, para arruinares e destruíres, para edificares e plantares.»
Livro de Salmos 71(70),1-2.3-4.5-6.15.17:
Em ti, Senhor, me refugio, jamais serei confundido.
Pela tua justiça, livra-me e protege-me; inclina para mim os teus ouvidos e salva-me.
Sê a minha proteção e o refúgio onde me acolho. Tu prometeste salvar-me, pois és o meu rochedo e a minha fortaleza.
Meu Deus, livra-me das mãos do ímpio, das mãos do opressor e do violento.
Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus, e a minha confiança desde a juventude.
Em ti me apoio desde o seio materno, desde o ventre materno és o meu protetor; és o objeto contínuo do meu pensamento.
A minha boca proclamará a tua justiça, e todo o dia anunciarei a tua salvação.
Instruíste-me, ó Deus, desde a minha juventude e até hoje anunciei sempre as tuas maravilhas.
Evangelho segundo S. Mateus 13,1-9:
Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar.
Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear.
Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda;
mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.
Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta.
Aquele que tiver ouvidos, ouça!»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica,, §§ 101-105, 108
«Aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a Palavra e a compreende» (Mt 13, 23)
Na Sua bondade condescendente, para Se revelar aos homens, Deus fala-lhes em palavras humanas: «As palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do eterno Pai Se assemelhou aos homens assumindo a carne da debilidade humana» (Dei Verbum, 13).
Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus não diz mais que uma só Palavra, o Seu Verbo único, em Quem totalmente Se diz (Hb 1,1-3): «Lembrai-vos de que o discurso de Deus que se desenvolve em todas as Escrituras é um só e um só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados, o Qual, sendo no princípio Deus junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, pois não está sujeito ao tempo» (Santo Agostinho).
Por esta razão, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras tal como venera o Corpo do Senhor. Nunca cessa de distribuir aos fiéis o Pão da vida, tomado à mesa, quer da Palavra de Deus, quer do Corpo de Cristo (Dei Verbum, 21).
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra continuamente o seu alimento e a sua força (DV, 24), porque nela não recebe apenas uma palavra humana, mas o que ela é na realidade: a Palavra de Deus. «Nos livros sagrados, com efeito, o Pai que está nos Céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a conversar com eles» (DV, 21).
Deus é o autor da Sagrada Escritura. «A verdade divinamente revelada, que os livros da Sagrada Escritura contêm e apresentam, foi registada neles sob a inspiração do Espírito Santo» (DV, 21). […]
No entanto, a fé cristã não é uma «religião do Livro». O Cristianismo é a religião da «Palavra» de Deus, «não duma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo» (São Bernardo). Para que elas não sejam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna do Deus vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o espírito à inteligência das Escrituras (Lc 24,45).