Assegura o cardeal Tarcisio Bertone
O Ano Sacerdotal é uma iniciativa com a qual Bento XVI quer que a Igreja volte a entrar em contato também com sacerdotes que abandonaram o ministério. Assim confirma o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, em uma entrevista publicada esta semana, 20 a 28 de agosto, pela edição italiana de L’Osservatore Romano, na qual o prelado revela inclusive como surgiu a idéia de convocar esta iniciativa.
“Lembro que, após o sínodo sobre a Palavra de Deus, na mesa do Papa havia uma proposta, já apresentada antes, de convocar o ano da oração, que em si estava bem unida à reflexão sobre a Palavra de Deus”, comenta.
No entanto, “os 150 anos da morte do Cura de Ars e a emergência dos problemas que afetaram tantos sacerdotes levaram Bento XVI a promulgar o Ano Sacerdotal”, revela.
Com esta iniciativa, afirma seu colaborador mais próximo, o Papa quer mostrar “uma atenção especial aos sacerdotes, às vocações sacerdotais” e promover “em todo o povo de Deus um movimento de crescente afeto e proximidade dos ministros ordenados”.
“O Ano Sacerdotal está suscitando um grande entusiasmo em todas as igrejas locais e um movimento extraordinário de oração, de fraternidade para com os sacerdotes e entre eles mesmos, além de promover a pastoral vocacional.”
“Além disso, está se robustecendo o tecido do diálogo, às vezes difícil, entre bispos e sacerdotes, e está crescendo uma especial atenção a favor de sacerdotes que foram reduzidos a uma condição marginal na ação pastoral.”
O cardeal Bertone afirma que este ano procura também “uma retomada de contato, de ajuda fraterna e, se possível, de voltar a unir-se com os sacerdotes que, por diferentes motivos, abandonaram o exercício do ministério”.
“Os santos sacerdotes que povoaram a história da Igreja não deixarão de proteger e de apoiar o caminho de renovação proposto por Bento XVI”, conclui.