ANGELUS: Papa destaca a grande responsabilidade de quem é chamado a trabalhar na vinha do Senhor

Bento XVI assomou ao meio-dia deste domingo à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para rezar o Angelus com milhares de fiéis e peregrinos.

Deus tem um projeto para o homem, mas muitas vezes a resposta do homem é infiel: foi a advertência do Santo Padre, que na alocução que precede à oração mariana – atendo-se ao Evangelho deste domingo – se deteve sobre os vinhateiros.

O Pontífice exortou os fiéis a permanecerem unidos a Cristo como os ramos à planta. Recordou a figura de Irmã Antonia Maria Verna, Beatificada na tarde deste domingo, e saudou os participantes do Congresso Mundial da Divina Misericórdia, em andamento em Cracóvia, na Polônia.

Falando em francês, convidou os professores a ensinarem a seus alunos o amor pela verdade.
"O Reino de Deus vos será tirado e confiado a um povo que produza seus frutos": na alocução que precedeu a oração mariana, o Papa citou uma passagem do Evangelho deste domingo (Mt 21,33-43), centralizado na parábola dos vinhateiros infiéis.

Essa severa advertência dirigida por Jesus aos chefes dos sacerdotes – ressaltou – leva a "pensar na grande responsabilidade de quem, em todos os tempos, é chamado a trabalhar na vinha do Senhor, especialmente com um papel de autoridade".

Jesus – explicou o Santo Padre – é "a pedra que os construtores rejeitaram", "porque julgado inimigo da lei e perigoso para a ordem pública":

"Mas Ele mesmo, rejeitado e crucificado, ressuscitou, tornando-se a "pedra angular" sobre a qual os fundamentos de toda existência humana e do mundo inteiro podem se apoiar com absoluta segurança."

Eis, portanto, de qual verdade fala a parábola: o proprietário da vinha representa Deus mesmo, "enquanto a vinha simboliza o seu povo, bem como a vida que Ele nos dá" a fim de que "trabalhemos em favor do bem":

"Deus tem um projeto para os seus amigos, mas, infelizmente, a resposta do homem é, muitas vezes, orientada à infidelidade, que se traduz em rejeição. O orgulho e o egoísmo impedem de reconhecer e de acolher até mesmo o dom mais precioso de Deus: o seu Filho unigênito."

"Deus entrega a si mesmo em nossas mãos, aceita fazer-se mistério insondável de fragilidade e manifesta a sua onipotência na fidelidade a um desígnio de amor que, no final, prevê, porém, também a justa punição para os malvados" – prosseguiu o Pontífice. Daí, uma forte exortação do Papa aos fiéis de hoje:

"Firmemente ancorados na fé à pedra angular que é Cristo, permaneçamos n'Ele como o ramo que não pode dar fruto por si mesmo se não permanece na planta. Somente n'Ele, para Ele e com Ele se edifica a Igreja, povo da nova Aliança."

"O Senhor está sempre perto e atuante na história da humanidade" – prosseguiu – e nos acompanha também com a presença dos seus Anjos que hoje a Igreja venera como "Protetores", "ministros da divina solicitude por todo homem". E ressaltou que "do início até a morte, a vida humana é circundada pela incessante proteção deles":

"E os Anjos colocam-se em torno da Augusta Rainha das Vitórias, a Bem-aventurada Virgem Maria do Rosário, que no primeiro domingo de outubro, justamente nesta hora, do Santuário de Pompéia e do mundo inteiro, acolhe a fervorosa Súplica a fim de que o mal seja derrotado e se revele, plenamente, a bondade de Deus."

Logo após o Angelus, Bento XVI recordou a Beatificação, neste domingo, de Irmã Antonia Maria Verna, celebrada em Ivrea – situada na região italiana do Piemonte, Noroeste da Península – pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone:

"Demos graças a Deus pela luminosa figura da nova Beata, que viveu entre os séculos XVIII e XIX, modelo de mulher consagrada e de educadora."

Na saudação em diversas línguas, falando em francês, de fato, convidou os professores a transmitirem a seus alunos "o amor pelo conhecimento e pela verdade". O saber "é importante – observou –, mas o é, ainda mais, a formação da pessoa", a fim de que seja capaz de "encontrar a verdade" e de "livremente escolher".

O Papa encorajou os docentes a "educarem os jovens aos valores morais e espirituais autênticos, a fim de que os ajudem a encontrar um sentido para suas vidas".

Falando em inglês e em polonês, saudou os participantes do II Congresso Mundial da Divina Misericórdia, em andamento em Cracóvia. O Pontífice fez votos de que seja levada ao mundo "a alegre mensagem de que a Misericórdia é fonte da Esperança".

O Santo Padre concedeu a sua Bênção apostólica e concluiu desejando a todos um bom domingo. (RL)

Rádio Vaticano, 02/10/2011

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