No dia 22 de outubro de 2017, Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco durante o ângelus anunciava ´publicamente para toda a Igreja sua intenção de proclamar um Mês Missionário Extraordinário para toda a Igreja em outubro de 2019 para celebrar o centenário da Carta Apostólica Maximum Illud do seu predecessor o Papa Bento XV. (…) Para reavivar a consciência batismal do Povo de Deus em relação à missão da Igreja, o Papa Francisco escolheu para o mesmo Mês Missionário Extraordinário o tema Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”.
18º Domingo Do Tempo Comum – 4 de Agosto de 2019 – Cor: Verde
Evangelho – Lc 12,13-21
E para quem ficará o que tu acumulaste?’
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21:
Naquele tempo:
13 Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: ‘Mestre,
dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.’
14 Jesus respondeu:
‘Homem, quem me encarregou de julgar
ou de dividir vossos bens?’
15 E disse-lhes:
‘Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância,
porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas,
a vida de um homem não consiste na abundância de bens.’
16 E contou-lhes uma parábola:
‘A terra de um homem rico deu uma grande colheita.
17 Ele pensava consigo mesmo:
‘O que vou fazer?
Não tenho onde guardar minha colheita’.
18 Então resolveu: ‘Já sei o que fazer!
Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
neles vou guardar todo o meu trigo,
junto com os meus bens.
19 Então poderei dizer a mim mesmo:
– Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos.
Descansa, come, bebe, aproveita!’
20 Mas Deus lhe disse: ‘Louco!
Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida.
E para quem ficará o que tu acumulaste?’
21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Basílio (c. 330-379)
monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Catequese 31
Amontoar para si próprio ou ser rico aos olhos de Deus?
«Que hei de fazer? Vou aumentar os meus celeiros!» Porque eram as terras deste homem tão produtivas, se ele fazia tão mau uso da sua riqueza? Para melhor se ver a imensa bondade de um Deus que estende a sua graça a todos, «pois Ele faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45). […] Eram estes os benefícios de Deus para com este rico: uma terra fecunda, um clima temperado, abundantes colheitas, bois para o trabalho, e tudo o que assegurasse a prosperidade. E ele, o que dava em troca? Mau humor, taciturnidade e egoísmo: era assim que agradecia ao seu benfeitor.
Esquecia que pertencemos todos à mesma natureza humana; não pensou que devia distribuir o que lhe sobrava aos pobres; não fez nenhum caso destes mandamentos divinos: «não negues um benefício a quem precisa dele, se estiver nas tuas mãos concedê-lo» (Pv 3,27), «não se afastem de ti a bondade e a fidelidade» (3,3), «partilha o teu pão com quem tem fome» (Is 58,7). Todos os profetas, todos os sábios lhe gritavam estes preceitos, mas ele fazia ouvidos de mercador. Os seus celeiros rachavam, pequenos para o trigo que neles se acumulava, mas o seu coração não estava satisfeito. […] Ele não queria desfazer-se de nada, mesmo não chegando a armazenar tudo. Este problema incomodava-o: «Que hei de fazer?» perguntava constantemente. Quem não terá piedade de um homem assim obcecado? A abundância tornava-o infeliz […]; lamentava-se como se lamentam os indigentes: «Que hei de fazer? Como hei de alimentar-me e vestir-me?» […]
Observa, homem, quem foi que te cumulou de dons. Reflete um pouco sobre ti próprio: Quem és tu? O que te foi confiado? De quem recebeste esse encargo? Porque foste tu o escolhido? Tu és servo de Deus; tens a teu cargo os teus companheiros. […] «Que hei de fazer?» A resposta é simples: «Saciarei os famintos, convidarei os pobres. […] Vós todos a quem falta o pão, vinde possuir os dons que me foram concedidos por Deus, jorrando como que de uma fonte».
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro Para que as grandes escolhas econômicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.