Dia 08 de junho de 2017 – Quinta-feira da 9ª semana do tempo comum
No Brasil, Ano Mariano (2016 – 12.10 – 2017), instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Marcos 12,28b-34:
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?».
Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’.
O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes».
Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele.
Amá-lO com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios».
Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-lO.
Comentário do dia
São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja
«Avisos e Máximas» (121-143 in trad. Seuil 1945, p. 1199)
«Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças»
A força da alma reside nas suas potências, nos seus impulsos e nas suas faculdades. Se a vontade os volta para Deus e os mantém longe de tudo o que não é Deus, a alma reserva para Ele todas as suas capacidades, e ama com todas as suas forças, como o próprio Deus lhe ordena. Buscar-se a si mesmo em Deus é buscar as doçuras e consolações de Deus, e isto é contrário ao puro amor de Deus. É um grande mal preferir os bens de Deus ao próprio Deus, à oração e ao desprendimento.
Há muitos que procuram em Deus consolações e gostos, e desejam que Sua Majestade os encha dos seus favores e dons, mas o número dos que se esforçam por Lhe agradar e Lhe oferecer algo de si mesmos, rejeitando qualquer interesse próprio, é muito pequeno. São poucos os homens espirituais, mesmo entre os que temos por muito avançados na virtude, que conseguem uma perfeita determinação de fazer o bem. Não chegam nunca a renunciar por completo a si mesmos em algum aspeto do espírito do mundo ou da natureza, nem a desprezar aquilo que se pensará ou dirá deles, quando se trata de cumprir, por amor a Jesus Cristo, as obras da perfeição e do desprendimento.
Aqueles que amam só a Deus não caminham nas trevas, por muito pobres e privados de luz que possam considerar-se. A alma que, no meio das securas e abandonos, mantém sempre a sua atenção e solicitude em servir a Deus poderá sofrer, poderá temer não conseguir, mas, na realidade, oferecerá a Deus um sacrifício de agradável odor (Gn 8,21).
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos responsáveis das nações, para que se empenhem decididamente em pôr fim ao comércio de armas, que provoca tantas vítimas inocentes.