Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavra de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 12 de março de 2010
Sexta-feira da 3ª semana da Quaresma
A Igreja celebra hoje: Santo Luís Orione (1872-1940) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=12&Mes=3
Livro de Oseias 14,2-10:
Volta, Israel, ao SENHOR teu Deus, porque caíste por causa dos teus pecados.
Tomai convosco palavras de arrependimento. E voltai ao SENHOR, dizendo-lhe: «Perdoa todos os nossos pecados, e acolhe favoravelmente o sacrifício que oferecemos, a homenagem dos nossos lábios.
A Assíria não nos salvará; não montaremos a cavalo, e nunca mais chamaremos nosso Deus a uma obra das nossas mãos, pois só junto de ti o órfão encontra compaixão.»
Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração, porque a minha cólera se afastou deles.
Serei para Israel como o orvalho: florescerá como um lírio e deitará raízes como um cedro do Líbano.
Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira, o seu perfume como o odor do Líbano.
Regressarão os que habitavam à sua sombra; renascerão como o trigo, darão rebentos como a videira e a sua fama será como a do vinho do Líbano.
Efraim, que tenho Eu ainda a ver com os ídolos? Sou Eu quem responde e olha por ele. Eu sou como um cipreste sempre verdejante; é de mim que procede o teu fruto.
Quem é sábio para compreender estas coisas, inteligente para as conhecer? Porque os caminhos do SENHOR são retos, os justos andarão por eles, mas os pecadores tropeçarão neles.
Livro de Salmos 81(80),6-11.14.17:
Lei que Ele deu a José, quando saiu da terra do Egito. Ouço uma língua desconhecida, que diz:
"Aliviei os seus ombros do fardo, as suas mãos livraram-se de carregar o cesto.
Na angústia chamaste por mim e Eu salvei-te, respondi-te escondido no trovão, pus-te à prova junto das águas de Meribá.
Ouve, meu povo, a minha advertência; oxalá, Israel, me prestes ouvidos:
‘Não terás contigo um deus estrangeiro, nem te prostrarás diante de um deus estranho.
Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito. Abre a tua boca e Eu enchê-la-ei.’
Se o meu povo me tivesse escutado! Se Israel tivesse seguido os meus caminhos!
Alimentaria o meu povo com a flor do trigo e saciá-lo-ia com o mel silvestre."
Evangelho segundo S. Marcos 12,28-34:
Aproximou-se dele um escriba que os tinha ouvido discutir e, vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
Jesus respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor;
amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.
O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.»
O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele;
e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.»
Vendo que ele respondera com sabedoria, Jesus disse: «Não estás longe do Reino de Deus.» E ninguém mais ousava interrogá-lo.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI
Encíclica «Deus Caritas est», §§ 17-18 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
Amar a Deus e amar o próximo
A história do amor entre Deus e o homem consiste precisamente no fato de esta comunhão de vontade crescer em comunhão de pensamento e de sentimento, de maneira que o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais: a vontade de Deus deixa de ser para mim uma vontade estranha, que os mandamentos me impõem de fora, mas é a minha própria vontade, baseada na experiência de que realmente Deus é mais íntimo a mim mesmo do que eu próprio (Santo Agostinho) Cresce então o abandono em Deus, e Deus torna-Se a nossa alegria (cf. Sl 73/72,23-28).
Revela-se assim como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus na Bíblia. Amor que consiste precisamente no fato de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço. Isto só é possível a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa, já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O Seu amigo é meu amigo. […] Vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa.