Dia 02 de janeiro de 2019
Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno, Bispos e doutores da Igreja – Memória
Côr: Branco
Evangelho segundo São Lucas 21,25-28.34-36:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar.
Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então vereis o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima».
Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente
como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra.
Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia
Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157)
abade cisterciense
4.º sermão para o Advento
«A voz que clama no deserto»
No deserto, uma voz clama: «Preparai o caminho do Senhor!» Irmãos, é preciso antes de tudo que reflitamos sobre a graça da solidão, sobre a bem-aventurança do deserto, que, desde o início do tempo da salvação, mereceu ser consagrado ao repouso dos santos. É certo que o deserto foi santificado para nós pela voz de João, aquele que clamava no deserto, que pregava e administrava o batismo de penitência.
Mas já os maiores profetas tinham tido a solidão como amiga, enquanto auxiliar do Espírito. Todavia, uma graça de santificação incomparavelmente mais excelente ficou ligada a este lugar quando Jesus nele sucedeu a João. Quando chegou a sua vez, antes de ir pregar aos penitentes, Jesus achou por bem preparar um lugar para os receber: foi para o deserto durante quarenta dias para purificar e consagrar este lugar a uma vida nova […], e não o fez tanto por Si mesmo quanto por aqueles que, depois dEle, habitarão no deserto.
Se, pois, te fixaste no deserto, permanece aí à espera dAquele que te salvará do medo e da tempestade. […] Mais maravilhosamente do que fez à multidão que O seguia (Lc 4,42), o Senhor te saciará, a ti que O seguiste. […] Quando te parecer que Ele te abandonou, é então que, recordando-Se da sua bondade, Ele virá consolar-te e dizer-te: «Lembrei-me de ti, movido de piedade pela tua juventude e pelo teu primeiro amor, quando Me seguiste ao deserto» (Jr 2,2).
O Senhor fará do teu deserto um paraíso de delícias; e tu proclamarás (tal como o profeta) que ao deserto foi dada a glória do Líbano, a beleza do Carmelo e de Saron (Is 35,2). […] Então, da tua alma saciada brotará um hino de louvor: «Que o Senhor seja glorificado pelas maravilhas que operou para com os filhos dos homens! Ele saciou a alma sequiosa e cumulou de bens a alma faminta».
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de janeiro rezemos na seguinte intenção:
Os jovens na escola de Maria
Pelos jovens, especialmente os da América Latina, para que, seguindo o exemplo de Maria, respondam ao chamado do Senhor para comunicar ao mundo a alegria do Evangelho.