Leituras Bíblicas
Dia 19 de março de 2011
Ano da Liturgia – Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida emissão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31)
Sábado da 1ª semana da Quaresma
S. JOSÉ, esposo da Virgem Santa Maria, padroeiro da Igreja universal – solenidade
Livro de 2º Samuel 7,4-5.12-14.16.:
Mas, naquela mesma noite, o Senhor falou a Natan, dizendo-lhe:
«Vai dizer ao meu servo David: Diz o Senhor: "És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar?
Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, manterei depois de ti a descendência que nascerá de ti e consolidarei o seu reino.
Ele construirá um templo ao meu nome, e Eu firmarei para sempre o seu trono régio.
Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele cometer alguma falta, hei de corrigi-lo com varas e com açoites, como fazem os homens,
A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de mim, e o teu trono estará firme para sempre".»
Livro de Salmos 89(88),2-3.4-5.27.29:
Hei de cantar para sempre o amor do Senhor; a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna como o céu.
"Fiz uma aliança com o meu eleito, jurei a Davi, meu servo:
‘Estabelecerei a tua descendência para sempre e o teu trono há de manter-se eternamente’."
Ele me invocará, dizendo: ‘Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da minha salvação!’
Hei de assegurar-lhe para sempre o meu favor e a minha aliança com ele há de manter-se firme.
Carta aos Romanos 4,13.16-18.22:
Não foi em virtude da Lei, mas da justiça obtida pela fé que a Abraão, ou à sua descendência, foi feita a promessa de que havia de receber o mundo em herança.
Por isso, é da fé que depende a herança. Só assim é que esta é gratuita, de tal modo que a promessa se mantém válida para todos os descendentes: não apenas para aqueles que o são em virtude da Lei, mas também para os que o são em virtude da fé de Abraão, pai de todos nós,
conforme o que está escrito: Fiz de ti o pai de muitos povos. Pai diante daquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe.
Foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência.
Esta foi exatamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 1,16.18-21.24:
Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia de 19/03/63 in «Cristo que passa», §§ 54-56
A vocação de José
Para São José, a vida de Jesus foi uma contínua descoberta da sua vocação. […] Aqueles primeiros anos [foram] cheios de circunstâncias aparentemente contraditórias: glorificação e fuga, majestade dos magos e pobreza da gruta, canto dos Anjos e silêncio dos homens. Quando chega o momento de apresentar o Menino no Templo, José, que leva a modesta oferenda de um par de rolas, vê como Simeão e Ana proclamam que Jesus é o Messias. «Seu pai e Sua mãe ouviram com admiração», diz São Lucas (2,33). Mais tarde, quando o Menino fica no templo sem que Maria e José o saibam, ao encontrá-Lo de novo depois de O procurarem três dias, o mesmo evangelista narra que «se maravilharam» (2,48).
José surpreende-se, José admira-se. Deus vai-lhe revelando os Seus desígnios e ele esforça-se por compreendê-los. Como toda a alma que quer seguir de perto Jesus, rapidamente descobre que não é possível andar com passo vagaroso, que não pode viver da rotina. Porque Deus não Se conforma com a estabilidade num nível conseguido, com o descanso no que já se tem. Deus exige continuamente mais e os Seus caminhos não são os nossos caminhos humanos. São José, como nenhum outro homem antes ou depois dele, aprendeu de Jesus a estar atento para conhecer as maravilhas de Deus, a ter a alma e o coração abertos.
Mas, se José aprendeu de Jesus a viver de um modo divino, atrever-me-ia a dizer que, no aspecto humano, ensinou muitas coisas ao Filho de Deus. […] José amou Jesus como um pai ama o seu filho, dando-Lhe tudo que de melhor tinha. José, cuidando daquele Menino como lhe tinha sido ordenado, fez de Jesus um artesão: transmitiu-Lhe o seu ofício. […] José foi, no aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente, com carinho delicado, e cuidou dele com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão para considerarmos este varão justo (Mt 1,19), este Santo Patriarca, no qual culmina a Fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior?
Intenções do Apostolado da Oração para este mês de março:
Geral: Para que as nações da América Latina possam caminhar na fidelidade ao Evangelho e progredir na justiça social e na paz.
Missionária: Para que o Espírito Santo dê luz e força às comunidades cristãs e aos fiéis perseguidos ou discriminados por causa do Evangelho em tantas regiões do mundo.