A viúva de Sarepta – Santo Agostinho, Bispo de Hipona e Doutor da Igreja

Leituras Bíblicas

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavra de vida eterna" (Jo 6,68)!

Dia 08 de março de 2010

Segunda-feira da 3ª semana da Quaresma

A Igreja celebra hoje: Santo João de Deus (1495-1550) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=8&Mes=3&SantoID=64

Livro de 2º Reis 5,1-15:

Naaman, general dos exércitos do rei da Síria, gozava de grande prestígio diante do seu amo e era muito estimado, porque, por meio dele, o Senhor salvou a Síria; era um homem robusto e valente, mas leproso.
Ora tendo os sírios feito uma incursão no território de Israel, levaram consigo uma jovem donzela, que ficou ao serviço da mulher de Naaman.
Ela disse à sua senhora: «Ah, se o meu amo fosse ter com o profeta que vive na Samaria, certamente ficaria curado da lepra!»
Naaman foi contar ao seu soberano aquilo que dissera a jovem israelita.
O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu vou escrever uma carta ao rei de Israel.» Naaman partiu levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.
Levou ao rei de Israel uma carta escrita nestes termos: «Juntamente com esta carta, aí te mando o meu servo Naaman, para que o cures da sua lepra.»
Ao terminar de ler a carta, o rei de Israel rasgou as suas vestes e exclamou: «Sou eu, porventura, um deus que possa dar a morte ou a vida, de modo que me enviem alguém para eu o curar da lepra? Reparai e vede como ele busca pretextos contra mim.»
Mas Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei rasgara as suas vestes e mandou-lhe dizer: «Porque rasgaste as tuas vestes? Que ele venha ter comigo e saberá que há um profeta em Israel.»
Chegou, pois, Naaman com o seu carro e os seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne ficará limpa.»
Naaman, despeitado, retirou-se, dizendo: «Pensava que ele sairia a receber-me e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, colocaria a sua mão no lugar infectado e me curaria da lepra.
Porventura, os rios de Damasco, o Abaná e o Parpar, não são acaso melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia lavar neles e ficar limpo?» E, virando costas, retirou-se indignado.
Mas os seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a deverias fazer? Quanto mais agora, ao dizer-te: ‘Lava-te e ficarás curado.’»
Naaman desceu ao Jordão e lavou-se sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e a sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo.
Voltou, então, ao homem de Deus com toda a sua comitiva; entrou, apresentou-se diante dele e disse: «Reconheço agora que não há outro Deus em toda a Terra, senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo.»

Livro de Salmos 42,2.3.43,3.4:

Como suspira a corça pelas águas correntes, assim a minha alma suspira por ti, ó Deus.
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! Quando poderei contemplar a face de Deus?
Envia a tua luz e a tua verdade, para que elas me guiem e conduzam à tua montanha santa, à tua morada.
Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que é a alegria da minha vida. Ao som da harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus.

Evangelho segundo S. Lucas 4,24-30:

Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Sermão 11, 2-3 (a partir da trad. Brésard, ano B, p. 260)

A viúva de Sarepta

Esta viúva sem recursos saíra de casa para apanhar dois troncos de lenha para cozer pão, quando se cruzou com Elias. Esta mulher era o símbolo da Igreja; sendo uma cruz formada por dois pedaços de lenha, aquela que ia morrer procurava com que viver eternamente. Há aqui um mistério escondido. […] Elias disse-lhe: «Vai, dá-me primeiro de comer com a tua pobreza, e as tuas riquezas não terão fim.» Que pobreza tão bem-aventurada! Se a viúva recebeu aqui em baixo tamanho salário, a que recompensa não terá ela direito na outra vida!

Insisto neste pensamento: não contemos com a recolha do fruto das nossas sementeiras no mesmo tempo em que semeamos. Aqui em baixo, semeamos na dor aquilo que será a colheita das boas obras, mais tarde colheremos o fruto na alegria, segundo o que está escrito: «Partimos, partimos a chorar, lançando a semente. Regressamos, regressamos a cantar, trazendo as espigas» (Sl 125,6). O gesto de Elias para com esta mulher era, na realidade, um símbolo e não a sua recompensa. Porque se esta viúva tivesse sido recompensada aqui em baixo por ter alimentado o homem de Deus, seria uma sementeira bem pobre, seria uma colheita bem magra! Ela apenas recebeu um bem temporal: a farinha que não se esgotou, o azeite que não diminuiu até ao dia em que o Senhor regou a terra com a Sua chuva. Este sinal, que lhe foi concedido por Deus durante poucos dias, era o símbolo da sua vida futura, onde a nossa recompensa não diminuirá. A nossa farinha será Deus! Como a farinha desta mulher não se esgotou durante aqueles dias, Deus não nos faltará durante toda a eternidade. […] Semeia com confiança, e a tua colheita chegará seguramente; chegará mais tarde, mas quando chegar, colherás sem fim.

 

 

 

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