“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 23 de dezembro de 2011 – Sexta-feira da 4ª semana do Advento
Evangelho segundo S. Lucas 1,57-66:
Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho.
Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela.
Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas, tomando a palavra, a mãe disse: «Não; ele vai chamar se João.»
Disseram-lhe: «Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.»
Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse.
Pedindo uma placa, o pai escreveu: «O seu nome é João.» E todos se admiraram.
Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus.
O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles fatos.
Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 57, sobre o nascimento de João Baptista, 1; PL 57, 647
«A tua mulher vai dar-te um filho. […] Será para ti motivo de regozijo e júbilo, e muitos se regozijarão com o seu nascimento» (Lc 1,13-14)
Deus destinara João Batista para proclamar a alegria dos homens e dos céus. Da sua boca, o mundo ouviu palavras admiráveis, que anunciavam a presença do nosso Redentor, o Cordeiro de Deus (Jo 1,29). Embora seus pais tivessem perdido toda a esperança de ter descendência, o anjo, mensageiro de tão grande mistério, enviou-o para servir de testemunha ao Senhor antes mesmo de nascer (Lc 1,41). […]
Ele encheu de alegria eterna o seio de sua mãe quando esta o carregava. […] Com efeito, lemos no Evangelho estas palavras que Isabel dirige a Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?» (Lc 1,43-44). […] Quando, na sua velhice, ela se afligia por não ter dado filhos ao marido, subitamente dá à luz um filho que era também o mensageiro da salvação eterna para todo o mundo. E um mensageiro que, antes de nascer, exerceu o privilégio da sua futura missão, difundindo o seu espírito profético através das palavras de sua mãe.
Depois, pelo poder do nome que o anjo lhe dera antecipadamente, abriu a boca de seu pai, fechada pela incredulidade (Lc 1,13.20). Com efeito, quando Zacarias ficou mudo, não foi para assim permanecer, mas para recuperar divinamente o uso da palavra e confirmar por um sinal vindo do céu que seu filho era um profeta. Ora, o Evangelho diz de João: «Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz a fim de todos crerem por seu intermédio» (Jo 1,7-8). Ele não era de fato a luz, mas todo ele estava na luz, ele que mereceu dar testemunho da verdadeira luz.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que todos os povos da terra, através do conhecimento e do respeito recíprocos, cresçam na concórdia e na paz.
Missionária: Para que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho e para que sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e abuso.