março 11, 2011 revista
“A situação está tensa ainda; ontem 14 jovens cristãos morreram em Moqattam. Em Giza também há tensão. Além disso, há 4 dias, prossegue uma manifestação de coptas diante da sede da TV nacional” – diz à Agência Fides do Cairo pe. Nabil Fayez Antoun, Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Egito.
Em Mansheya, o bairro dos catadores de lixo (os “Zabbaleen”), que se encontra aos pés das colinas Moqattam, houve atritos entre muçulmanos e coptas que protestavam pela destruição da Igreja de Atfih, na região de Helwan (veja Fides 7/3/2011 e 9/3/2011) “A revolução dos jovens desencadeou as diversas forças presentes na sociedade egípcia, assim como estão se apresentando todos juntos os vários problemas que afligem há muito tempo o Egito – diz pe. Nabil.
A situação econômica é também muito crítica. Em síntese, estamos vivendo uma fase muito confusa, na qual é difícil se orientar. Esperamos, todavia, que a razão prevaleça sobre a violência”. Pe. Nabil acrescenta, contudo, que com esta situação, causada pelas rebeliões juvenis, se possam abrir espaços também para os cristãos.
“Tive um encontro na catedral, que foi filmado pela televisão, com alguns jovens da praça Tahrir e expoentes de alguns partidos para discutir sobre como os cristãos podem se inserir na nova realidade, para dar a sua contribuição ao bem comum” – conclui o Diretor Nacional das POM no Egito. (L.M.) (Agência Fides 10/3/2011)