Leituras Bíblicas
"Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente” (Jo 6,51)!
Dia 28 de janeiro de 2011
Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum
Carta aos Hebreus 10,32-39:
Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados,
suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações, como sendo solidários com os que assim eram tratados.
Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros.
Não percais, pois, a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa.
Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Pois ainda um pouco, de fato, um pouco apenas, e o que há-de vir, virá e não tardará.
O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação.
Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.
Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40:
Confia no Senhor e faz o bem; habitarás a terra e viverás tranquilo.
Procura no Senhor a tua felicidade, e Ele satisfará os desejos do teu coração.
Confia ao Senhor o teu destino, confia nele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar, como luz, a tua justiça, e, como sol do meio dia, os teus direitos.
O Senhor assegura os passos do homem e compraz-se nos seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra, porque o Senhor há de estender-lhe a mão.
A salvação dos justos vem do Senhor; Ele é o seu refúgio na hora da angústia.
O Senhor os ajuda e liberta, defende os dos ímpios e salva os, porque nele se refugiam.
Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34:
Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga.
E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cromácio de Aquiléia (? – 407), bispo
Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)
A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12,24)
O Senhor comparou-Se a Si mesmo a um grão de mostarda: ainda que fosse o Deus da glória e da majestade eterna, tornou-Se muito pequeno, porque quis nascer de uma virgem com um corpo de criança pequena. Foi lançado à terra quando o Seu corpo foi posto no túmulo. Mas, depois de Se ter elevado de entre os mortos pela Sua gloriosa ressurreição, cresceu sobre a terra até Se tornar uma árvore em cujos ramos habitam os pássaros do céu.
Esta árvore significa a Igreja que a morte de Cristo ressuscitou na glória. Os seus ramos só se podem entender como sendo os apóstolos porque, tal como os ramos são o ornamento natural da árvore, assim os apóstolos são o ornamento da Igreja de Cristo pela beleza da graça que receberam. E diz-se que nestes ramos habitam os pássaros do céu. Alegoricamente, os pássaros do céu designam-nos a nós que, vindo à Igreja de Cristo, descansamos sobre o ensino dos apóstolos, como os pássaros sobre os ramos.