Leituras Bíblicas
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna" (Jo 6,68)!
Dia 19 de abril de 2010
Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa
Hoje a Igreja celebra Santo Expedito (+ 303) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=19&Mes=4
Livro dos Actos dos Apóstolos 6,8-15:
Cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo.
Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Subornaram, então, uns homens para dizerem: «Ouvimo-lo proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.»
Provocaram, assim, a ira do povo, dos anciãos e dos escribas; depois, surgindo-lhe na frente, arrebataram-no e levaram-no ao Sinédrio.
Aí, apresentaram falsas testemunhas que declararam: «Este homem não cessa de falar contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-lo afirmar que Jesus, o Nazareno, destruiria este lugar e mudaria as regras que Moisés nos legou.»
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto era como o rosto de um anjo.
Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30:
Ainda que os grandes conspirem contra mim, o teu servo meditará nas tuas leis.
Os teus preceitos são as minhas delícias; são eles os meus conselheiros.
Expus-te os meus caminhos e Tu me respondeste; ensina-me as tuas leis.
Faz-me compreender o caminho dos teus preceitos para meditar nas tuas maravilhas.
Afasta-me dos caminhos da mentira; concede-me a graça da tua lei.
Escolhi o caminho da verdade e preferi as tuas sentenças.
Evangelho segundo S. João 6,22-29:
No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que ali não estivera mais do que um barco, e que Jesus não tinha entrado no barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste aqui?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes.
Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?»
Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Henri Suso (c. 1295-1366), dominicano
Vie, cap. 50
À Procura de Jesus
A respeito da pergunta: «O que é Deus?», nenhum dos mestres que alguma vez existiram conseguiu explicá-Lo, porque Ele está acima de todo o pensamento e de todo o intelecto. E, no entanto, um homem zeloso que procura com determinação o conhecimento de Deus consegue responder-lhe, embora de forma muito vaga. […] Foi assim que alguns mestres pagãos virtuosos O procuraram na antiguidade, em particular o sábio Aristóteles. Ele perscrutou o curso da natureza […]; procurou com ardor e encontrou. Deduziu que a natureza tinha necessariamente de ter um único Soberano, Senhor de todas as criaturas, e é a Ele que chamamos Deus. […]
O ser de Deus é uma substância de tal forma espiritual, que o olho mortal não a pode contemplar em si mesma, mas podemos vê-la nas Suas obras; como diz São Paulo, as criaturas são um espelho que reflecte Deus (Rm 1,20). Detenhamo-nos um instante nesta ideia […]; olha para cima de ti e à tua volta, vê como o céu é vasto e alto no seu curso veloz, com que nobreza o Seu Senhor o adornou com sete planetas e como o ornamentou com uma multidão incontável de estrelas. Quando o sol brilha alegremente e sem nuvens, no Verão, quantos frutos, quantos benefícios dá à terra! Como é belo o verde dos prados, como são sorridentes as flores, como o doce canto dos passarinhos soa na floresta e nos campos, e todos os animais que se tinham escondido durante o duro Inverno se apressam a sair e rejubilam; como, entre os homens, jovens e velhos se mostram contentes com essa alegria que lhes traz tanta felicidade. Ó Deus terno, pois se és assim tão digno de ser amado nas Tuas criaturas, como deves ser belo e digno de ser amado em Ti mesmo!