Dia 20 de agosto de 2018 – 2ª-feira da 20ª Semana do Tempo Comum – São Bernardo, AbDr., memória. – Cor: Branco
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Ez 24,15-24
Ezequiel servirá para vós como sinal:
fareis exatamente o que ele fez.
Leitura da Profecia de Ezequiel 24,15-24:
15 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
16 ‘Filho do homem, vou tirar de ti,
por um mal súbito,
o encanto de teus olhos.
Mas não deverás lamentar-te
nem chorar ou derramar lágrimas.
17 Geme em silêncio, sem fazer o luto dos mortos.
Põe o turbante na cabeça,
calça as sandálias nos pés,
sem encobrir a barba, nem comer o pão dos enlutados.’
18 Eu tinha falado ao povo pela manhã,
e à tarde minha esposa morreu.
Na manhã seguinte, fiz como me foi ordenado.
19 Então o povo perguntou-me:
‘Não nos vais explicar o que têm a ver conosco
as coisas que tu fazes?’
20 Eu respondi-lhes:
‘A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
21 Fala à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus:
Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho,
o encanto de vossos olhos,
o alento de vossas vidas.
Os filhos e as filhas que lá deixastes,
tombarão pela espada.
22 E fareis assim como eu fiz:
Não cobrireis a barba,
nem comereis o pão dos enlutados,
23 levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés,
sem vos lamentar nem chorar.
Definhareis por causa de vossas próprias culpas,
gemendo uns para os outros.
24 Ezequiel servirá para vós como sinal:
Fareis exatamente o que ele fez;
quando isso acontecer,
sabereis que eu sou o Senhor Deus.
Palavra do Senhor.
Salmo – Dt 32,18-19. 20. 21 (R. Cf. 18a)
R. Esqueceram o Deus que os gerou.
18 Da Rocha que te deu à luz, te esqueceste,
do Deus que te gerou, não te lembraste.
19 Vendo isto, o Senhor os desprezou,
aborrecido com seus filhos e suas filhas. R.
20 E disse: Esconderei deles meu rosto
e verei, então, o fim que eles terão,
pois, tornaram-se um povo pervertido,
são filhos que não têm fidelidade.R.
21 Com deuses falsos provocaram minha ira,
com ídolos vazios me irritaram;
vou provocá-los por aqueles que nem povo são,
através de gente louca hei de irritá-los.R.
Evangelho – Mt 19,16-22
Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens,
e terás um tesouro no céu.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 19,16-22:
16 Alguém aproximou-se de Jesus e disse:
‘Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?’
17 Jesus respondeu:
‘Por que tu me perguntas sobre o que é bom?
Um só é o Bom.
Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos.’
18 O homem perguntou: ‘Quais mandamentos?’
Jesus respondeu: ‘Não matarás, não cometerás adultério,
não roubarás, não levantarás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe,
e ama teu próximo como a ti mesmo.’
20 O jovem disse a Jesus:
‘Tenho observado todas essas coisas.
O que ainda me falta?’
21 Jesus respondeu:
‘Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens,
dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu.
Depois, vem e segue-me.’
22 Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza,
porque era muito rico.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Boaventura (1221-1274)
franciscano, doutor da Igreja
«Sobre a vida perfeita», cap. 3
A pobreza de Cristo
A pobreza é uma virtude que combina com a perfeição, de tal maneira que, sem ela, ninguém pode ser perfeito; dá disso testemunho a palavra do Senhor no evangelho: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres». Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu tão pobre, que não teve habitação, nem vestes, nem alimento, pois teve um estábulo por morada, uns paninhos para Se cobrir e um leite virginal como alimento.
E continuou a dar-nos exemplo de pobreza pela sua maneira de viver neste mundo. Foi pobre a ponto de, por vezes, não encontrar pousada e ter de dormir com os apóstolos fora da cidade e mesmo nos campos, ao ar livre. E o Senhor dos anjos não foi pobre apenas no seu nascimento e no seu estilo de vida, mas foi também extremamente pobre na sua morte, a fim de nos abrasar de amor pela pobreza.
Ó todos vós, que haveis feito voto de pobreza, considerai e vede de que maneira o opulento Rei dos Céus foi pobre por nossa causa no momento da sua morte. Com efeito, foi despojado de tudo o que tinha: das vestes pelos carrascos, que as dividiram em três e deitaram sortes sobre a túnica (cf Mt 27,35); do seu corpo e da sua alma quando a alma Lhe foi violentamente arrancada ao corpo; da glória divina quando, pelos sofrimento de morte tão dolorosa, em vez de O glorificarem como Deus,
O trataram como um malfeitor, segundo o lamento de Jó: «Despojou-me da minha glória » (Jó 19,9). Ó Deus, rico por todos os homens, ó bom Senhor Jesus! Quem poderá expressar dignamente com a boca, conceber no coração, descrever com a mão a glória celeste que prometestes dar aos vossos pobres! Pela sua pobreza voluntária, eles merecem contemplar a glória do seu Criador, entrar no poder do Senhor, nos tabernáculos eternos e nas moradas de luz. Eles merecem tornar-se habitantes da cidade cujo arquiteto e fundador é Deus.
Vós próprio, Senhor, lhes fizestes esta promessa com os vossos lábios benignos: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus» (Mt 5,2). Este Reino dos Céus não é senão Vós mesmo, Senhor Jesus Cristo, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores. Vós dais-Vos a Vós mesmo a eles, como seu salário, sua recompensa e sua alegria. Eles gozarão de Vós, serão felizes convosco, se saciarão de Vós! Amen!
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agostos rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro
Para que as grandes escolhas econômicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.