3ª-feira da 29ª Semana Do Tempo Comum
20 de Outubro de 2020
Cor: Verde
Evangelho – Lc 12,35-38
Felizes os empregados que o senhor
encontrar acordados quando chegar.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12,35-38:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
35 Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.
36 Sede como homens que estão esperando
seu senhor voltar de uma festa de casamento,
para lhe abrirem, imediatamente, a porta,
logo que ele chegar e bater.
37 Felizes os empregados que o senhor
encontrar acordados quando chegar.
Em verdade eu vos digo:
Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa
e, passando, os servirá.
38 E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada,
felizes serão, se assim os encontrar!
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Beato Columba Marmion (1858-1923)
abade
«A oração monástica»
Felizes os servos fiéis!
Quando se mantém habitualmente, com fidelidade, o sentimento da presença de Deus, o ardor do amor torna-se constante; «todas as nossas atividades», incluindo as mais vulgares, não só passam a estar «imunes a toda a mancha» (Regra de São Bento, cap. iv), mas são elevadas a um nível sobrenatural; toda a nossa vida passa a irradiar uma claridade celeste, cheia da doçura que «desce do Pai das luzes» (Tg 1,17), e que é o segredo da nossa força e da nossa alegria. O hábito da presença de Deus dispõe a alma para as visitas divinas.
Acontece — e, a certas almas, acontece com frequência — experimentar-se, a despeito da boa vontade, uma real dificuldade em fazer oração à hora marcada; a fadiga, o sono, uma má disposição, as distrações, tudo isso contraria os melhores esforços, e chegam a secura e a aridez espirituais. Apesar disso, deve a alma permanecer fiel e fazer o que pode para se deixar ficar ao pé do Senhor, ainda que esteja desprovida de impulso e de fervor sensível: «Estou sempre contigo, tu tomaste a minha mão direita» (Sl 72,23); Deus mostrar-Se-á noutra altura.
Digamos acerca destas visitas do Senhor aquilo que a Escritura proclama sobre o seu aparecimento no termo da nossa existência: «Não sabeis a que horas virá o Senhor» (Mt 24,42). Se vivermos sempre, seja na cela, no claustro, no jardim ou no refeitório, recolhidos na presença divina, Nosso Senhor virá, a Trindade virá, com as mãos cheias de luz, com aquela claridade que nos invade até ao fundo de nós próprios e que tem por vezes uma repercussão considerável na nossa vida interior. Sejamos, pois, pelo nosso recolhimento, «como homens que esperam o seu senhor»; e o Senhor, encontrando-nos despertos, nos fará entrar com Ele na sala do banquete.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de outubro, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração pela evangelização – A missão dos leigos na Igreja
Rezemos para que, em virtude do batismo, os fiéis leigos, em especial as mulheres, participem mais nas instâncias de responsabilidade da Igreja.