Terça-feira depois da Epifania do Natal
5 de Janeiro de 2021
Cor: Branco
Evangelho – Mc 6,34-44
Multiplicando os pães, Jesus se manifesta como profeta.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos, 6,34-44
Naquele tempo:
34 Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão,
porque eram como ovelhas sem pastor.
Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
35 Quando estava ficando tarde,
os discípulos chegaram perto de Jesus
e disseram: ‘Este lugar é deserto e já é tarde.
36 Despede o povo,
para que possa ir aos campos e povoados vizinhos
comprar alguma coisa para comer.’
37 Mas, Jesus respondeu:
‘Dai-lhes vós mesmos de comer.’
Os discípulos perguntaram:
‘Queres que gastemos duzentos denários
para comprar pão e dar-lhes de comer?’
38 Jesus perguntou:
‘Quantos pães tendes? Ide ver.’
Eles foram e responderam:
‘Cinco pães e dois peixes.’
39 Então Jesus mandou
que todos se sentassem na grama verde, formando grupos.
40 E todos se sentaram,
formando grupos de cem e de cinquenta pessoas.
41 Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes,
ergueu os olhos para o céu,
pronunciou a bênção, partiu os pães
e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem.
Dividiu entre todos também os dois peixes.
42 Todos comeram, ficaram satisfeitos,
43 e recolheram doze cestos
cheios de pedaços de pão e também dos peixes.
44 O número dos que comeram os pães
era de cinco mil homens.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homílias sobre o Evangelho de Mateus, n.° 49, 1-3
A multiplicação dos pães
Reparemos no abandono confiante dos discípulos à providência de Deus nas maiores necessidades da vida, o seu desprezo por uma existência luxuosa: eram doze, mas só tinham cinco pães e dois peixes. Não se importam com as coisas do corpo; consagram todo o seu zelo às coisas da alma. E mais, não guardam as provisões para si: deram-nas ao Salvador assim que Ele lhas pediu. Aprendamos com este exemplo a partilhar o que temos com quem tem necessidade, mesmo que tenhamos pouco.
Quando Jesus lhes pediu para Lhe darem os cinco pães, eles não disseram: «E com que ficaremos? Onde encontraremos aquilo de que precisamos para as nossas necessidades pessoais?», mas obedeceram de imediato. […] Tomando, pois, os pães, o Senhor partiu-os e confiou aos discípulos a honra de os distribuírem. Ele não queria apenas honrá-los com esse santo serviço; queria que participassem no milagre, para serem testemunhas convictas e não esquecerem o que se tinha passado diante dos seus olhos. […]
Foi através deles que mandou sentar as pessoas e distribuir o pão, para que cada um deles pudesse testemunhar o milagre que se realizava pelas suas mãos. […] Tudo neste acontecimento — o lugar deserto, a terra nua, a escassez de pão e de peixe, a distribuição das mesmas coisas a todos sem preferências, ficando cada um com o mesmo que o seu vizinho —, tudo isso nos ensina a humildade, a frugalidade e a caridade fraterna. O Salvador ensina-nos a amar-nos igualmente uns aos outros, a colocar tudo em comum entre aqueles que servem o mesmo Deus.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de janeiro, rezemos na seguinte intenção:
Intenção pela evangelização – A fraternidade humana
Rezemos para que o Senhor nos dê a graça de viver em plena fraternidade com os irmãos e irmãs de outras religiões, rezando uns pelos outros, abertos a todos.