Leituras Bíblicas
Dia 04 de julho de 2011
Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31)
Segunda-feira da 14ª semana do Tempo Comum
Livro de Gênesis 28,10-22a:
Jacó saiu de Bercheba e tomou o caminho de Haran.
Chegou a determinado sítio e resolveu ali passar a noite, porque o sol já se tinha posto. Serviu-se de uma das pedras do lugar como travesseiro e deitou-se.
Teve um sonho: viu uma escada apoiada na terra, cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus.
Por cima dela estava o Senhor, que lhe disse: «Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaac. Esta terra, na qual te deitaste, dar-ta-ei, assim como à tua posteridade.
A tua posteridade será tão numerosa como o pó da terra; estender-te-ás para o ocidente, para o oriente, para o norte e para o sul, e todas as famílias da Terra serão abençoadas em ti e na tua descendência.
Estou contigo e proteger-te-ei para onde quer que vás e reconduzir-te-ei a esta terra, pois não te abandonarei antes de fazer o que te prometi.»
Despertando do sono, Jacó exclamou: «O Senhor está realmente neste lugar e eu não o sabia!»
Atemorizado, acrescentou: «Que terrível é este lugar! Aqui é a casa de Deus, aqui é a porta do céu.»
No dia seguinte de manhã, Jacó agarrou na pedra que lhe servira de travesseiro e, depois de a erguer como um monumento, derramou óleo sobre ela.
Chamou a este sítio Betel, quando, originariamente, a cidade se chamava Luz.
Jacó fez, então, o seguinte voto: «Se Deus estiver comigo, se me proteger durante esta viagem, se me der pão para comer e roupa para vestir,
e se eu regressar em paz à casa do meu pai, o Senhor será o meu Deus.
E esta pedra, que eu erigi à maneira de monumento, será para mim casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo quanto Ele me conceder.»
Livro de Salmos 91(90),1-2.3-4.14-15ab:
Aquele que habita sob a protecção do Altíssimo e mora à sombra do Omnipotente,
pode exclamar: "Senhor, Tu és o meu refúgio, a minha cidadela, o meu Deus, em quem confio!"
Ele há de livrar te da armadilha do caçador e do flagelo maligno.
Ele te cobrirá com as suas penas; debaixo das suas asas encontrarás refúgio; a sua fidelidade é escudo e couraça.
"Porque acreditou em mim, hei de salvá-lo; hei de defendê-lo, porque conheceu o meu nome.
Quando me invocar, hei de responder-lhe; estarei a seu lado na tribulação, para o salvar e encher de honras.
Evangelho segundo S. Mateus 9,18-26:
Enquanto Jesus lhes dizia estas coisas, aproximou-se um chefe que se prostrou diante dele e disse: «Minha filha acaba de morrer, mas vem impor-lhe a tua mão e viverá.»
Jesus, levantando-se, seguiu-o com os discípulos.
Então, uma mulher, que padecia de uma hemorragia há doze anos, aproximou se dele por trás e tocou-lhe na orla do manto,
pois pensava consigo: ‘Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada.’
Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse-lhe: «Filha, tem confiança, a tua fé te salvou.» E, naquele mesmo instante, a mulher ficou curada.
Quando chegou a casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em grande alarido, disse:
«Retirai-vos, porque a menina não está morta: dorme.» Mas riam-se dele.
Retirada a multidão, Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se.
A notícia espalhou-se logo por toda aquela terra.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário (c. 315-367) bispo de Poitiers e doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Mateus
«A menina não está morta: dorme.»
Este chefe [da sinagoga] pode ser entendido como representando a Lei de Moisés que, orando em intenção da multidão que a referida Lei tinha alimentado para Cristo, pregando a expectativa da Sua vinda, pede ao Senhor que dê vida a uma morta. […] O Senhor prometeu-lhe ajuda e, para o tranquilizar, seguiu-o.
Mas primeiro, a multidão dos pagãos pecadores foi salva com os apóstolos. O dom da vida voltava a tomar o primeiro lugar em relação à eleição predestinada pela Lei, mas antes disso, na imagem da mulher, a salvação chegou aos publicanos e aos pecadores. Eis porque razão esta mulher confia que, aproximando-se do ponto de passagem do Senhor, será curada do seu fluxo de sangue pelo contato com a roupa do Senhor. […] Ela tem pressa, na sua fé, de tocar a orla do manto, isto é, de esperar, na companhia dos apóstolos, pelo dom do Espírito Santo, que sai do corpo de Cristo à maneira de uma franja. Em pouco tempo ficou curada. Assim, a saúde, destinada a uma, foi dada também a outro, a quem o Senhor louvou a fé e a perseverança, porque o que tinha sido preparado para Israel foi acolhido pelos povos das nações. […] O poder curativo do Senhor, contido no Seu corpo, chegava também à fímbria das Suas vestes. Com efeito, Deus não era divisível nem possível de conter, para Se poder encerrar num corpo; Ele próprio distribui os Seus dons no Espírito, mas não é divisível nos Seus dons. O Seu poder é alcançável pela fé em todo o lado porque ela está em todo o lado e de nenhum está ausente. O corpo que tomou não limitou o Seu poder, mas o Seu poder tomou a fragilidade de um corpo para O redimir. […]
O Senhor entra em seguida na casa do chefe, ou seja, na sinagoga […], e muitos troçaram d’Ele. Com efeito, não acreditaram que Deus estivesse num homem; eles riram-se ao ouvirem pregar a ressurreição de entre os mortos. Tomando a mão da menina, o Senhor voltou a dar vida àquela cuja morte não era, para Ele, senão um sono.
Com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas Intenções do Apostolado da Oração para este mês de julho:
Geral: Para que os cristãos contribuam a aliviar, especialmente nos países mais pobres, o sofrimento material e espiritual dos doentes de AIDS.
Missionária: Para as religiosas que atuam em terras de missão, a fim de que sejam testemunhas da alegria do Evangelho e sinal vivo do amor de Cristo.