No dia 24 de junho, estaremos completando 12 anos de instalação da nossa Diocese. É um dia importante para comemorarmos o aniversário do nascimento da Igreja de Blumenau, com as suas 38 paróquias, 280 comunidades, 68 presbíteros (entre diocesanos e religiosos), 61 diáconos, 60 religiosas, milhares de leigos, o que totaliza quase 500 mil católicos.
Apresentar números não seria muito evangélico, mas Jesus afirma que as boas obras devem aparecer, devem resplandecer. Imagino que cada pessoa que faz parte da Diocese deve ser como uma brilhante pedrinha que compõe o milagroso mosaico da nossa Igreja. Cada um, com seu trabalho pela construção do Reino, manifesta suas boas obras.
O que nos mantém unidos? O que faz com que a Igreja se torne sempre mais um só corpo? São Paulo, na Carta aos Efésios, dizia que o que nos une é o mesmo batismo que recebemos: “Há um só corpo e um só Espírito, como também uma só é a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, acima de todos, no meio de todos e em todos” (Ef 4,4-6). Ele acrescenta, também, que é a comunhão que nos une: “O pão que repartimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Porque há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, pois todos participamos do único pão” (1Cor 10,16-17).
O que sustentou e sustenta até os dias de hoje a nossa Diocese, o que lhe dá vigor e força para caminhar, apesar das dificuldades e dos entraves, é a Eucaristia, o corpo de Cristo. Jamais nos aconteça de nos sentarmos a uma mesma mesa divididos. Seria como construir uma casa sobre a areia.
O corpo de Cristo que recebemos é o mesmo que nos recebe para formarmos uma unidade, uma só comunhão com Ele e entre nós. É a partir desse encontro com Cristo que nos sentimos enviados. As pastorais e movimentos da nossa Diocese devem refletir o rosto de Cristo em nossa sociedade. O amor por Cristo toma diferentes formas: no engajamento dos que estão a serviço das pastorais e movimentos que trabalham para as famílias; na evangelização promovida pelos grupos de reflexão; no trabalho com crianças e adolescentes; na atuação dos grupos e pastorais que se interessam pelos jovens, idosos, doentes, os pobres e marginalizados.
Nesses 12 anos de caminhada, Deus deve estar contente com a nossa Igreja. Com certeza, temos muitas sombras ainda a serem afastadas e muitos defeitos a serem corrigidos. É por isso que deverá ser constante a atitude da escuta do Espírito, que continua falando à nossa Igreja. Diocese de Blumenau, parabéns!