Dia 08 de junho de 2018 – Sexta-feira da 9ª semana do Tempo Comum
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 19,31-37:
Por ser a Preparação da Páscoa, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.
Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura: «Olharão para Aquele que trespassaram».
Comentário
São Boaventura (1221-1274)
franciscano, doutor da Igreja
A vinha mística, nº 2
A ferida do coração
Os soldados não trespassaram apenas as mãos de Jesus, mas também os seus pés; e a lança do seu furor trespassou ainda o lado e, até ao fundo, o sagrado coração, já trespassado pela lança do amor. «Feriste-me o coração, minha irmã e minha noiva, feriste-me o coração!» (Ct 4,9) Ó Jesus amantíssimo, tendo-Vos a vossa esposa, vossa irmã, vossa amiga ferido o coração, era também necessário que os vossos inimigos vos ferissem? E vós, seus inimigos, que fazeis? Se o coração dulcíssimo de Jesus já está ferido – ou antes, porque está ferido -, porque lhe infligis segunda ferida? Ignorais pois que, à primeira ferida, o coração se extingue e se torna, de certa maneira, insensível? O coração do meu dulcíssimo Jesus morreu porque foi ferido; uma ferida de amor invadiu o coração de Jesus nosso Esposo, invadiu-o uma morte de amor. Para quê segunda morte? Mas «forte como a morte é o amor» (Ct 8,6); mais ainda, ele é na verdade mais forte que a própria morte. […] Vede como o amor, que habita o coração e o mata com uma ferida de amor, é forte; e não o é apenas o do Senhor Jesus, mas também o dos seus discípulos. Foi assim que foi ferido e que morreu o coração do Senhor Jesus, exposto à morte todo o dia, tratado como ovelha para o matadouro (Sl 43, 23). Entretanto, sobreveio-Lhe a morte corporal, que triunfou durante algum tempo, mas a fim de ser vencida para toda a eternidade.
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: As redes sociais
Para que as redes sociais favoreçam a solidariedade e o respeito pelo outro na sua diferença.