Dia 14 de abril de 2015 – Terça-feira da 2ª semana da Páscoa
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. João 3,7b-15:
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo.
O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito».
Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?»
Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?
Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho.
Se vos disse coisas da terra e não acreditais, como haveis de acreditar, se vos disser coisas do Céu?
Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem.
Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna».
Comentário do dia
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Tratado sobre o Espírito Santo, 14 (trad. Bible chrétienne, A. Sigier 1989, t. 1*, p. 227 rev.)
«A fim de que todo o homem que crê obtenha por Ele a vida eterna»
A figura é uma forma de expor, por imitação, as coisas que esperamos. Por exemplo, Adão é a prefiguração do Adão que iria chegar (1Cor 15,45) e o rochedo [no deserto, durante o Êxodo] é figurativamente Cristo; a água que corre do rochedo é a figura do poder vivificante do Verbo (Ex 17,6; 1Cor 10,4), porque Ele disse: «Se alguém tem sede, venha a Mim e beba» (Jo 7,37). O maná é a prefiguração do «pão vivo que desceu do céu» (Jo 6,51); e a serpente colocada sobre um poste é a figura da Paixão, da nossa salvação consumada na cruz, pois os que olhavam para ela eram salvos (Nm 21,9). Do mesmo modo, aquilo que as Escrituras dizem dos Israelitas que saíram do Egito foi narrado como uma prefiguração dos que são salvos através do batismo; pois os primogênitos dos israelitas foram salvos […] pela graça concedida aos que tinham sido marcados com o sangue do cordeiro pascal e esse sangue prefigurava o sangue de Cristo. […]
Quanto ao mar e à nuvem (Ex 14), nessa época conduziam à fé pela admiração; mas para o futuro, figuravam a graça que estava para chegar. «Quem for sábio compreenderá as coisas!» (Sl 106,43) Compreenderá que o mar, prefigurando o batismo, os separava do Faraó como o batismo nos faz escapar à tirania do demônio. Outrora o mar sufocou em si o inimigo; hoje morre a inimizade que nos separava de Deus. Do mar, o povo saiu são e salvo; e nós saímos das águas como que revivendo de entre os mortos, salvos pela graça d’Aquele que nos chamou. Quanto à nuvem, ela era a sombra do dom do Espírito, que nos refresca os membros ao apagar a chama das paixões.
Para este mês de abril, as intenções do Papa são as seguintes:
Universal: Respeitar e cuidar a criação Para que as pessoas aprendam a respeitar a criação e a cuidá-la como dom de Deus.
Pela Evangelização: Cristãos perseguidos Para que os cristãos perseguidos sintam a presença reconfortante do Senhor Ressuscitado e a solidariedade de toda a Igreja.