Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos nós? Tu tens palavra de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 26 de fevereiro de 2010
Sexta-feira da 1ª semana da Quaresma
Hoje a Igreja celebra Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans (1799-1889) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=26&Mes=2&SantoID=691
Livro de Ezequiel (18,21-28):
"Mas se o pecador renuncia a todos os pecados que cometeu, se observa todas as minhas leis e pratica o direito e a justiça, ele deve viver, não morrerá.
Não serão lembradas as faltas que cometeu, viverá por causa da justiça que praticou.
Porventura me hei de comprazer com a morte do pecador – oráculo do Senhor DEUS – e não com o fato de ele se converter e viver?
Mas se o justo se desvia da sua justiça e pratica o mal, imitando os crimes abomináveis a que se entrega o pecador, porventura viverá? A justiça que praticou não será recordada; por causa da infidelidade a que se entregou e do pecado que cometeu, morrerá.
Porém, vós dizeis: ‘O modo de proceder do Senhor não é justo.’ Escutai, pois, casa de Israel: Então é o meu modo de agir que não é justo? Ou é o vosso que o não é?
Se o justo se afasta da sua justiça para praticar o mal e morre por causa disto, é por causa do mal que praticou que ele morrerá.
Se o pecador se afasta do pecado que cometeu para praticar o direito e a justiça, ele merece viver.
Se ele se afasta dos pecados que cometeu, viverá certamente, não morrerá.
Livro de Salmos [130(129),1-2.3-4.5-6.7-8]:
Do fundo do abismo clamo a ti, SENHOR!
Senhor, ouve a minha prece! Estejam teus ouvidos atentos à voz da minha súplica!
Se tiveres em conta os nossos pecados, Senhor, quem poderá resistir?
Mas em ti encontramos o perdão; por isso te fazes respeitar.
Eu espero no SENHOR! Sim, espero! A minha alma confia na sua palavra.
A minha alma volta-se para o Senhor, mais do que a sentinela para a aurora.Mais do que a sentinela espera pela aurora, Israel espera pelo SENHOR; porque nele há misericórdia e com Ele é abundante a redenção.
Ele há de livrar Israel de todos os seus pecados.
Evangelho segundo S. Mateus (5,20-26):
Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.»
«Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo.
Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar ‘imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar ‘louco’ será réu da Geena do fogo.
Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.
Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão.
Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 357
«Se te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti»
«Deus faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45). Ele mostra a sua paciência; não lamenta o Seu poder. Também tu […], renuncia à provocação, não aumentes a tribulação dos que semeiam o tumulto. És amigo da paz? Mantém-te tranquilo dentro de ti mesmo. […] Deixa de lado as querelas, e volta-te para a oração. Não respondas à injúria com a injúria, mas reza por esse homem.
Queres opor-te a ele: fala a Deus por ele. Não digo que te cales: escolhe o meio conveniente, e vê Aquele a quem falas, em silêncio, com um grito do coração. Onde o teu adversário não te vê, aí mesmo, sê bom para ele. A esse adversário da paz, a esse amigo da disputa, responde tu, amigo da paz: «Diz tudo o que quiseres, porque, seja qual for a tua inimizade, tu és meu irmão» […].
«Bem me podes odiar e repelir: tu és meu irmão! Reconhece em ti o sinal do meu Pai; é esta a Palavra do meu Pai: és um irmão quezilento, mas és meu irmão, porque tu dizes tal como eu: «Pai nosso que estais nos céus». Se invocamos um único Pai, por que não somos um só? Peço-te, reconhece o que dizes comigo e reprova o que fazes contra mim. […] Temos uma única voz diante do Pai; por que não havemos de ter juntos uma única paz?»