Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 08 de fevereiro de 2010
Segunda feira da 5ª semana do Tempo Comum
Santo Jerônimo Emiliano (1486-1537) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=8&Mes=2
Livro de 1º Reis (8,1-7.9-13):
Naqueles dias, o rei Salomão convocou à sua presença, em Jerusalém, os anciãos de Israel, os chefes das tribos e os chefes das famílias de Israel, para levarem da cidade de Davi, que é Sião, a arca da aliança do Senhor.
Todos os homens de Israel se reuniram junto do rei Salomão, no mês de Etanim, que é o sétimo mês, durante a festa dos Tabernáculos.
Quando chegaram todos os anciãos de Israel, os sacerdotes e os levitas pegaram na arca do Senhor.
Transportaram-na juntamente com a Tenda da Reunião e todas as alfaias sagradas que nela se encontravam.
O rei Salomão e toda a comunidade de Israel, reunida junto dele, diante da arca, ofereciam em sacrifício tantos carneiros e bois que não se poderiam contar nem calcular.
Os sacerdotes colocaram a arca da aliança do Senhor no seu lugar, isto é, na parte interior do templo, chamada Santo dos Santos, sob as asas dos querubins.
Os querubins estendiam as asas por sobre o lugar da arca, cobrindo a arca e os seus varais.
Na arca não havia nada, além das duas tábuas de pedra que Moisés, no monte Horeb, aí tinha colocado: as tábuas da aliança que o Senhor estabeleceu com os filhos de Israel, quando eles sairam da terra do Egipto.
Logo que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu o templo do Senhor
e os sacerdotes não puderam continuar a exercer o seu ministério por causa da nuvem: a glória do Senhor enchia o templo.
Então Salomão exclamou: O Senhor decidiu habitar na nuvem escura.
Edifiquei-vos, Senhor, uma casa para vossa morada, um lugar onde habitareis para sempre”.
Livro de Salmos [132(131),6-7.8-10]
Ouvimos dizer que a Arca estava em Efrata; fomos encontrá-la nos campos de Jaar.
Entremos na morada do SENHOR! Prostremo-nos diante do estrado de seus pés!
Levanta-te, SENHOR, e entra no teu repouso, Tu e a Arca do teu poder!
Revistam-se de justiça os teus sacerdotes e os teus fiéis exultem de alegria.
Por amor de Davi, teu servo, não desvies o teu rosto do teu ungido.
Evangelho segundo S. Marcos (6,53-56):
Finda a travessia, aproximaram-se de Genesaré e aportaram.
Assim que saíram do barco, reconheceram-no.
Acorreram de toda aquela região e começaram a levar os doentes nos catres para o lugar onde sabiam que Ele se encontrava.
Nas aldeias, cidades ou campos, onde quer que entrasse, colocavam os doentes nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar pelo menos as franjas das suas vestes. E quantos o tocavam ficavam curados.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de S. João, 4
«Quantos O tocavam ficavam curados»
Mesmo para ressuscitar os mortos, o Salvador não se contenta em agir pela sua palavra, apesar de portadora das ordens divinas. Para esta magnífica obra, toma em cooperação, se assim se pode dizer, a sua própria carne, para mostrar que esta tem o poder de dar a Vida, e para que se perceba que forma uma só coisa com Ele: que é realmente a sua própria carne e não um corpo estranho a Ele.
Foi o que se passou quando Ele ressuscitou a filha do chefe da sinagoga, ao dizer-lhe: «Levanta-te, minha filha!» (Mc 5,41). Tomou-lhe a mão, segundo o que está escrito. Devolveu-a à vida, como Deus que era, com uma ordem toda poderosa, e também lhe deu vida pelo contato com a sua santa carne – testemunhando assim que, tanto no seu corpo, como na sua palavra, se processava uma nova energia divina. E ainda, quando chegou a uma vila chamada Naim, onde o filho único de uma viúva ia ser sepultado, Ele tocou no caixão e disse: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» (Lc 7,14)
Assim, não só confere à sua Palavra o poder de ressuscitar os mortos, mas também, para mostrar que o seu corpo está vivo, toca nos mortos, e pela sua carne faz passar a vida para os cadáveres. Se, apenas com o contato da Sua carne sagrada, devolve a vida a um corpo em decomposição, qual não será o proveito que encontraremos na sua eucaristia viva quando fizermos dEla o nosso alimento? Ela transformará totalmente no seu bem próprio, que é a imortalidade, todos os que nEla participarem.