Dia 06 de janeiro de 2015 – Terça-feira do Tempo Natal depois da Epifania.
Na Diocese de Blumenau, 15º aniversário de criação da Diocese– Ano da Missão Diocesana
O banquete da vida partilhada – Mc 6, 34-44:
Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles […]. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. Já estava ficando tarde, quando os discípulos se aproximaram de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. Despede-os, para que possam ir aos lugares e povoados vizinhos e comprar algo para comer”. Mas ele respondeu: “Vós mesmos, dai-lhes de comer! […] Em seguida, Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando-os aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu, também, entre todos, os dois peixes. Todos comeram e ficaram saciados. […]
Comentário do dia
São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja
Cântico espiritual, 2ª recensão (trad. OC, Cerf 1990, p. 1299)
«A hora já ia muito adiantada […]. Comeram até ficarem saciados»
O meu Bem-Amado é como a noite tranquila
Semelhante ao nascer da aurora,
A silenciosa melodia,
E a solidão sonora,
A ceia revigoradora, que inflama o amor.
Na Sagrada Escritura, o repouso da noite designa a visão de Deus. Tal como a ceia marca a conclusão dos trabalhos do dia e o princípio do repouso da noite, também a alma saboreia, nesta notícia pacífica de que falamos, uma antecipação do fim dos seus males e a garantia dos bens que espera. Também por isto o seu amor a Deus é em muito aumentado. Para a alma, o amor de Deus é realmente «a ceia revigoradora» que lhe anuncia o fim dos seus males, e que «inflama o amor», assegurando-lhe a posse de todos os bens.
Para melhor podermos compreender quão deliciosa é de fato esta ceia para a alma – pois, como o temos dito, a ceia é afinal o próprio Bem-Amado –, recordemos as palavras do Esposo, no Apocalipse: «Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo» (Ap 3,20). Já aqui Ele nos dá a entender que traz a ceia consigo, isto é, o sabor e as delícias com que Ele próprio Se alimenta e que comunica à alma ao se unir a ele, para que também esta se alimente do mesmo. É este o sentido das suas palavras: «Cearei com ele, e ele comigo», e é este o efeito produzido pela união da alma com Deus: os mesmos bens de Deus tornam-se comuns a Ele e à alma Esposa, porque Ele os comunica a eles gratuitamente e com soberana liberalidade. Deus é em Si mesmo esta «ceia revigoradora, que inflama o amor». Ele retempera a Esposa com a sua liberalidade, e inflama-a de amor com a sua benevolência.
Neste mês de janeiro, com o Papa e toda o povo de Deus, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Promover a paz – Para que as pessoas de diferentes tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da paz.
Pela Evangelização: Ano da vida consagrada Para que, neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.