Quinta-feira, 22 de Junho de 2023
11ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
Leituras:
2Cor 11,1-11
Sl 110(111),1-2.3-4.7-8 (R. 7a)
Mt 6,7-15
PRIMEIRA LEITURA
Anunciei-vos, gratuitamente, o evangelho de Deus.
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 11,1-11
Irmãos,
1
oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez,
da minha parte.
Na verdade, vós me suportais.
2
Sinto por vós um amor ciumento
semelhante ao amor que Deus vos tem.
Fui eu que vos desposei a um único esposo,
apresentando-vos a Cristo como virgem pura.
3
Porém, receio que,
como Eva foi enganada pela esperteza da serpente,
também vossos pensamentos se corrompam,
afastando-se da simplicidade e pureza devidas a Cristo.
4
De fato, se aparece alguém pregando um outro Jesus,
que nós não pregamos,
ou prometendo um outro Espírito,
que não recebestes,
ou anunciando um outro evangelho,
que não acolhestes,
vós o suportais de bom grado.
5
No entanto, entendo que em nada sou inferior
a esses “super-apóstolos”!
6
Mesmo que eu seja inábil na arte de falar,
não o sou quanto à ciência:
eu vo-lo tenho demonstrado em tudo
e de todas as maneiras.
7
Acaso cometi algum pecado,
pelo fato de vos ter anunciado
o evangelho de Deus gratuitamente,
humilhando-me a mim mesmo para vos exaltar?
8
Para vos servir, despojei outras Igrejas,
delas recebendo o meu sustento.
9
E quando, estando entre vós,
tive alguma necessidade,
não fui pesado a ninguém,
pois os irmãos vindos da Macedônia
supriram as minhas necessidades.
Em todas as circunstâncias, cuidei
— e cuidarei ainda — de não ser pesado a vós.
10
Tão certo como a verdade de Cristo está em mim,
essa minha glória
não me será arrebatada nas regiões da Acaia.
11
E por quê? Será porque eu não vos amo?
Deus o sabe!
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial Sl 110(111),1-2.3-4.7-8 (R. 7a)
R. Vossas obras, ó Senhor, são verdade e são justiça.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1
Eu agradeço a Deus de todo o coração *
junto com todos os seus justos reunidos!
2
Que grandiosas são as obras do Senhor, *
elas merecem todo o amor e admiração! R.
3
Que beleza e esplendor são os seus feitos! *
Sua justiça permanece eternamente!
4
O Senhor bom e clemente nos deixou *
a lembrança de suas grandes maravilhas. R.
7
Suas obras são verdade e são justiça, *
seus preceitos, todos eles, são estáveis,
8
confirmados para sempre e pelos séculos, *
realizados na verdade e retidão. R.
Aclamação ao Evangelho Rm 8,15bc
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Recebestes um espírito de adoção,
no qual clamamos Aba! Pai!
EVANGELHO
Vós deveis rezar assim.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 6,7-15:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7
“Quando orardes,
não useis muitas palavras, como fazem os pagãos.
Eles pensam que serão ouvidos
por força das muitas palavras.
8
Não sejais como eles,
pois vosso Pai sabe do que precisais,
muito antes que vós o peçais.
9
Vós deveis rezar assim:
Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome;
10
venha o teu Reino;
seja feita a tua vontade,
assim na terra como nos céus.
11
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12
Perdoa as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
13
E não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal.
14
De fato, se vós perdoardes aos homens
as faltas que eles cometeram,
vosso Pai que está nos céus
também vos perdoará.
15
Mas, se vós não perdoardes aos homens,
vosso Pai também não perdoará
as faltas que vós cometestes”.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Tertuliano (c. 155-c. 220)
teólogo
Sobre a oração, 1-10
Que a vontade de Deus se faça em nós!
Nenhum obstáculo pode, evidentemente, impedir que a vontade de Deus se realize; nós não Lhe desejamos boa sorte na execução dos seus desígnios, antes pedimos que a sua vontade seja feita em todos os homens. […] A natureza da nossa oração continua a ser a mesma: que a vontade de Deus se realize em nós na Terra, a fim de poder cumprir-se em nós no Céu.
E qual é a vontade de Deus, senão que sigamos os seus caminhos? Supliquemos-Lhe, pois, que nos comunique a substância e a energia da sua vontade, a fim de sermos salvos na Terra e nos Céus, pois a sua vontade é salvar os filhos que adotou. O Senhor realiza esta sua vontade pela palavra, pelas obras e pelos sofrimentos. Foi neste sentido que Ele afirmou que não fazia a sua vontade, mas a de seu Pai. Não há dúvida de que Ele não fez a sua vontade, mas a de seu Pai […].
Quando dizemos: «Seja feita a vossa vontade», felicitamo-nos pelo fato de a vontade de Deus nunca ser um mal para nós, e encorajamo-nos a sofrer quando é preciso. Para nos mostrar, no meio das suas angústias, que a fraqueza da nossa carne se encontrava na sua, o Senhor disse: »Pai, afasta de Mim este cálice»; mas depois corrigiu-Se: «Não se faça, porém, a minha vontade, mas a tua» (Lc 22,42). Ele próprio era a vontade e o poder do Pai; mas, para nos ensinar a pagar a dívida da dor, entregou-Se por completo à vontade do Pai.
Intenção do Papa para este mês: PELA ABOLIÇÃO DA TORTURA
Rezemos para que a comunidade internacional se empenhe concretamente na abolição da tortura, garantindo apoio às vítimas e aos seus familiares.