Catarina nasceu na cidade de Pallanza em 1437. Logo depois que veio ao mundo, os pais, fugindo da peste que assolou a região, transferiram-se para Vale de Osa, onde faleceram, contraída a doença, pouco depois, com todos os filhos, excessão feita à futura bem-aventurada.
Sozinha, Catarina foi recolhida por Tiago de Osa, que a confiou, mais tarde, a uma nobre dama de Milão. Educada piedosamente, a jovem órfã, aos catorze anos, demonstrou desejos de levar vida religiosa. Obstada pelo tutor, pacientemente ficou a aguardar melhor oportunidade.
Quando completou vinte anos, ao ouvir, um dia, a pregação dum irmão menor sobre os padecimentos de Nossa Senhor, fez voto de castidade. Então, dias mais tarde, Jesus, pregado à cruz, apareceu-lhe, dizendo:
– Querida filha Catarina, escolhi um lugar para ti, chamado Santa Maria do Monte, para que tu, ali, leves e acabes uma vida toda inteira consagrada a meu serviço.
Catarina deixou Milão. Em busca de Santa Maria do Monte, que ficava perto de Pallanza. E a peste que ainda não desaparecera de todo, ofereceu-lhe quefazeres. Contaminada, fez a promessa de jamais deixar o lugar, se se curasse. Recuperada a saúde, passou a viver numa pequenina cabana, a levar vida de grande mortificação.
Tal foi a reputação de santidade que adquiriu, e de sabedoria, que grande número de pessoas passou a procurá-la. E algumas pias mulheres, desejando permanecer a seu lado, deu ensejo para que mais uma comunidade nascesse.
Logo, gente de maus sentimentos principiou a criticar aquelas santas mulheres, propalando às escancaras, que viviam sem regra nem aprovação pontifical, o que levou Catarina a procurar obter do Papa, então Sixto IV, um breve que lhe permitiu emitir votos sob a regra de Santo Agostinho.
Priora, três anos depois, falecia. Em 1769, Clemente VII aprovou o culto que se lhe rendeu depois a morte, ocorrida a 6 de Abril de 1478.
Templários de Maria