Sábado, 1 de Abril de 2023
5ª Semana da Quaresma
Leituras:
Ez 37,21-28
Jr 31,10.11-12ab.13 (R. cf. 10d)
Jo 11,45-56
PRIMEIRA LEITURA
Farei deles uma nação única.
Leitura da Profecia de Ezequiel 37,21-28
21:
Assim diz o Senhor Deus:
“Eu mesmo vou tomar os israelitas
do meio das nações para onde foram,
vou recolhê-los de toda a parte
e reconduzi-los para a sua terra.
22
Farei deles uma nação única no país,
nos montes de Israel,
e apenas um rei reinará sobre todos eles.
Nunca mais formarão duas nações,
nem tornarão a dividir-se em dois reinos.
23
Não se mancharão mais com os seus ídolos
e nunca mais cometerão infames abominações.
Eu os libertarei de todo o pecado
que cometeram em sua infidelidade,
e os purificarei.
Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.
24
Meu servo Davi reinará sobre eles,
e haverá para todos eles um único pastor.
Viverão segundo meus preceitos
e guardarão minhas leis, pondo-as em prática.
25
Habitarão no país que dei ao meu servo Jacó,
onde moraram vossos pais;
ali habitarão para sempre, também eles,
com seus filhos e netos,
e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre.
26
Farei com eles uma aliança de paz,
será uma aliança eterna.
Eu os estabelecerei e multiplicarei,
e no meio deles colocarei meu santuário para sempre.
27
Minha morada estará junto deles.
Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
28
Assim as nações saberão que eu, o Senhor,
santifico Israel,
por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
Jr 31,10.11-12ab.13 (R. cf. 10d)
R. O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
10
Ouvi, nações, a palavra do Senhor *
e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, *
e o guardará qual pastor a seu rebanho!” R.
11
Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó *
e o libertou do poder do prepotente.
12a
Voltarão para o monte de Sião, †
entre brados e cantos de alegria *
b
afluirão para as bênçãos do Senhor: R.
13
Então a virgem dançará alegremente, *
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto, *
serei consolo e conforto após a guerra. R.
Aclamação ao Evangelho
Ez 18,31
R. Salve, ó Cristo, imagem do Pai,
a plena verdade nos comunicai!
V. Lançai para bem longe toda a vossa iniquidade!
Criai em vós um novo espírito e um novo coração!
EVANGELHO
E também para reunir na unidade os filhos de Deus dispersos.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 11,45-56:
Naquele tempo,
45
muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria
e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46
Alguns, porém, foram ter com os fariseus
e contaram o que Jesus tinha feito.
47
Então os sumos sacerdotes e os fariseus
reuniram o Conselho e disseram:
“O que faremos?
Este homem realiza muitos sinais.
48
Se deixamos que ele continue assim,
todos vão acreditar nele,
e virão os romanos
e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.
49
Um deles, chamado Caifás,
sumo sacerdote em função naquele ano, disse:
“Vós não entendeis nada.
50
Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo
do que perecer a nação inteira?”
51
Caifás não falou isso por si mesmo.
Sendo sumo sacerdote em função naquele ano,
profetizou que Jesus iria morrer pela nação.
52
E não só pela nação,
mas também para reunir os filhos de Deus dispersos.
53
A partir desse dia, as autoridades
judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.
54
Por isso,
Jesus não andava mais em público no meio dos judeus.
Retirou-se para uma região perto do deserto,
para a cidade chamada Efraim.
Ali permaneceu com os seus discípulos.
55
A Páscoa dos judeus estava próxima.
Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém
para se purificar antes da Páscoa.
56
Procuravam Jesus
e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si:
“O que vos parece?
Será que ele não vem para a festa?”
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria (380-444)
bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre a Carta aos Romanos, 15, 7
«Para congregar na unidade todos os filhos de Deus, que andavam dispersos»
Está escrito: «Nós, que somos muitos, constituímos um só corpo em Cristo» (Rm 12,5), porque Cristo nos congrega na unidade, pelos laços do amor, «Ele que, de dois povos, fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava, anulando pela sua carne a Lei, os preceitos e as prescrições» (Ef 2,14-15). Temos, pois, de ter os mesmos sentimentos recíprocos: «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele» (1Cor 12,26). Por isso, prossegue São Paulo, «acolhei-vos uns aos outros, como Cristo também vos acolheu, para glória de Deus» (Rm 15,7).
Acolhamo-nos uns aos outros, se queremos ter os mesmos sentimentos, «suportando-nos uns aos outros com caridade, solícitos em conservar a unidade de espírito, mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2-3) Foi assim que Deus nos acolheu em Cristo, que disse: «Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Com efeito, o Filho foi dado em resgate pela vida de todos nós, e nós fomos libertados da morte, resgatados da morte e do pecado. São Paulo esclarece as perspectivas deste plano de salvação quando afirma que «Cristo Se fez servidor dos circuncisos, a fim de mostrar a veracidade de Deus» (Rom 15,8).
Porque Deus tinha prometido aos patriarcas, pais dos judeus, que abençoaria a sua descendência, que seria tão numerosa como as estrelas do céu. Foi por isso que o Verbo, que é Deus, Se manifestou na carne e Se fez homem. Ele mantém na existência toda a criação e assegura o bem de tudo quanto existe, pois é Deus. Mas veio a este mundo e encarnou, «não para ser servido, mas», como Ele próprio afirmou, «para servir e dar a vida em resgate pela multidão» (Mc 10,45).
Neste mês somos convidados a rezar com nosso Papa e todos os cristãos na seguinte intenção
POR UMA CULTURA DA NÃO VIOLÊNCIA
Rezemos pela maior difusão de uma cultura da não violência, que implica um cada vez menor recurso às armas, seja da parte dos Estados, seja da parte dos cidadãos.