Santo Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo.
Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.
Tornando-se papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege.
Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.
Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria.
Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.
Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.
Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos.
Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.
Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.
Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno.
A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.
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Santa Gisela ou Gisele, rainha e abadessa
Gisela nasceu por volta de 985, filha do duque bávaro, Henrique, o Briguento, e Gisela da Borgonha. Era a irmã mais nova de Henrique II; de Bruno, bispo de Augsburgo, e de Brígida, abadessa de Mittelmuenster. Gisela conviveu na Baviera, Alemanha, e Hungria, alcançando especial importância.
Gisela queria usar o véu de consagração, quando, em 996, os emissários de Geisa da Hungria foram a Regensburgo e a pediram como esposa para Estevão, filho de Geisa (Santo Estevão da Hungria).
O pai de Gisela recebeu com alegria os emissários. Gisela renunciou ao esposo e mudou-se para a corte principesca húngara para multiplicar o povo cristão.
Mas, casaram-se no ano 1000 e, na festa da Assunção, Gisela foi coroada e ungida primeira rainha cristã dos húngaros e, com ela, seu marido. Estevão converteu-se ao cristianismo por influência da esposa. Por isso, a principal tarefa de Estevão, em seu reinado, era a conversão de seus súditos.
Gisela ajudou na construção de várias igrejas e influenciou a história dos povos. Também viveu grandes sacrifícios.
Deus levou seu primeiro filho, Américo, sucessor do trono real, que foi canonizado.
Faleceu também uma filha. Em 15 de agosto de 1038, festa da Assunção de Maria, faleceu seu marido, Estêvão, que, com o filho, foi canonizado em 1083. Depois da morte do marido, ela foi exposta indefesa às mais graves hostilidades dos húngaros nacionalistas pagãos. Confiscaram-lhe os bens, proibiram-lhe de se comunicar com os parentes, prenderam-na e a maltrataram. Depois de vários anos na prisão foi libertada por Henrique III, em 1042.
Gisela voltou para a Baviera e se fez beneditina no Mosteiro de Niedernburg. Não passavam despercebidas as qualidades espirituais e morais desta mulher cheia de prudência e experiência. Foi eleita terceira abadessa-princesa, governando a abadia até 7 de maio de 1065, quando morreu, sendo sepultada na capela de Paz da igreja abacial; a laje original ainda se conserva.
Logo após sua morte, peregrinos de todos os recantos visitavam seu túmulo, crescendo as romarias no decurso dos séculos.
Hoje Santa Gisela, que passou pelas situações mais extremadas, que foi rainha e prisioneira, reverenciada e maltratada, que conheceu na pele o conforto do palácio e a dureza da prisão, que mesmo em meio às maiores dificuldades conseguiu manter intacta sua fé, nos assegura que em toda e qualquer situação o que jamais podemos fazer é deixar de confiar em Deus. Ser cristão é nunca perder a esperança.
ORAÇÃO
Senhor, nosso Deus, neste dia nós vos agradecemos pelo dom de nossas vidas. Dai-nos discernimento para reconhecermos a missão que destes a cada um de nós. Pedimos a intercessão de Santa Gisela, que embora tivesse a vocação religiosa, tornou-se rainha e, por seu exemplo de fé, muitos se converteram Muitas vezes tomamos rumos diferentes daqueles que gostaríamos, e por isso, Senhor, iluminai-nos para que nunca nos distanciemos dos caminhos que para nós reservastes. Amém.
FONTES:
http://paroquiadesaopedro.org/santo-do-dia/santos-do-mes-de-marco/santo-do-dia-28-de-marco-santa-gisela/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gisela_da_Baviera
http://kerj-egy-imat.blogspot.com/2014/05/a-nap-szentje-boldog-gizella-boldog.html
https://moly.hu/konyvek/szanto-konrad-boldog-gizella-elso-magyar-kiralyne-elete