5ª-feira da 7ª Semana da Páscoa
2 de Junho de 2022
Cor: Branco
Evangelho – Jo 17,20-26
Para que eles cheguem à unidade perfeita.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 17,20-26:
Naquele tempo, Jesus levantou os olhos ao céu e disse:
Pai Santo,
20 eu não te rogo somente por eles,
mas também por aqueles
que vão crer em mim pela sua palavra,
21 para que todos sejam um
como tu, Pai, estás em mim e eu em ti,
e para que eles estejam em nós,
a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
22 Eu dei-lhes glória que tu me deste,
para que eles sejam um, como nós somos um:
23 eu neles e tu em mim,
para que assim eles cheguem à unidade perfeita
e o mundo reconheça que tu me enviaste
e os amaste, como me amaste a mim.
24 Pai, aqueles que me deste,
quero que estejam comigo onde eu estiver,
para que eles contemplem a minha glória,
glória que tu me deste
porque me amaste antes da fundação do universo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu,
mas eu te conheci,
e estes também conheceram que tu me enviaste.
26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome,
e o tornarei conhecido ainda mais,
para que o amor com que me amaste esteja neles,
e eu mesmo esteja neles’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico C, Edições Carmelo, 2000, 34r-35r
«Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste»
Gostaria de poder dizer-Vos, ó meu Deus: «Glorifiquei-Vos sobre a Terra; cumpri a obra que me confiastes; dei a conhecer o vosso nome àqueles que me destes. Eles eram vossos e Vós mos destes. […] Meu Pai, desejo que onde eu estiver, aí estejam comigo aqueles que me destes, e que o mundo conheça que os amastes como Me amastes a Mim mesmo». Sim, Senhor, eis o que gostaria de repetir convosco, antes de voar para os vossos braços. Será temeridade? Ah, não! Há muito tempo que me permitistes ser audaciosa convosco.
Como o pai do filho pródigo, falando ao filho mais velho, Vós dissestes-me: «Tudo o que é meu é teu» (Lc 15,31). As vossas palavras, ó Jesus, são portanto minhas e posso servir-me delas para atrair sobre as almas que estão unidas a mim os favores do Pai celeste. […] O vosso amor precedeu-me desde a minha infância, cresceu comigo, e agora é um abismo, cuja profundidade não consigo sondar. O amor atrai o amor; por isso, meu Jesus, o meu lança-se para Vós e quereria encher o abismo que o atrai mas, pobre de mim!, nem chega a ser uma gota de orvalho perdida no oceano!…
Para Vos amar como Vós me amais, preciso de me servir do vosso próprio amor; só então encontro repouso. Ó meu Jesus, é talvez uma ilusão, mas parece-me que não podeis cumular nenhuma alma com mais amor do que cumulastes a minha. É por isso que ouso pedir-Vos que ameis aqueles que me destes como me amastes a mim. Um dia, no Céu, se descobrir que os amais mais do que a mim, alegrar-me-ei com isso, reconhecendo desde já que essas almas merecem o vosso amor muito mais do que a minha. Mas cá na Terra, não posso conceber maior imensidade de amor do que a que Vos dignastes prodigar-me gratuitamente, sem nenhum mérito da minha parte.
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos pelas famílias – Vídeo do Papa
Rezemos pelas famílias cristãs de todo o mundo, para que com gestos concretos vivam a gratuidade do amor e a santidade na vida quotidiana.