5ª-feira da 5ª Semana da Páscoa
19 de Maio de 2022
Cor: Branco
Evangelho – Jo 15,9-11
Permanecei no meu amor para que
a vossa alegria seja plena.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 15,9-11:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
9 Como meu Pai me amou,
assim também eu vos amei.
Permanecei no meu amor.
10 Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor,
assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai
e permaneço no seu amor.
11 Eu eu vos disse isto,
para que a minha alegria esteja em vós
e a vossa alegria seja plena.
Palavra da Salvação.
Comentário de hoje
Papa Francisco
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» §§ 5-6 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa»
O Evangelho, onde resplandece gloriosa a cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: «Alegra-te» é a saudação do anjo a Maria (Lc 1,28). A visita de Maria a Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf Lc 1,41). No seu cântico, Maria proclama: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1,47). E, quando Jesus começa o seu ministério, João exclama: «Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!» (Jo 3,29). O próprio Jesus «estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo» (Lc 10,21).
A sua mensagem é fonte de alegria: «Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa» (Jo 15,11). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante. Ele promete aos seus discípulos: «Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há de converter-se em alegria» (Jo 16,20). E insiste: «Eu hei de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16,22). Depois, ao verem-no ressuscitado, «encheram-se de alegria» (Jo 20,20). […]
Porque não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria? […] Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, apesar de tudo, sermos infinitamente amados. Compreendo as pessoas que se vergam à tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias: «A paz foi desterrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade […]. I
sto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada manhã ela se renova; é grande a tua fidelidade. […] É bom esperar em silêncio a salvação do Senhor» (Lm 3, 17.21-23.26).
Pela fé dos jovens – Veja Vídeo do Papa desse mês de maio
Rezemos para que os jovens, chamados a uma vida em plenitude, descubram em Maria o estilo da escuta, a profundidade do discernimento, a coragem da fé e a dedicação ao serviço.