Domingo da Páscoa
17 de Abril de 2022
Cor: Branco
Evangelho – Jo 20,1-9
Ele devia ressuscitar dos mortos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,1-9:
1 No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus,
bem de madrugada, quando ainda estava escuro,
e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2 Então ela saiu correndo
e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,
aquele que Jesus amava,
e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo,
e não sabemos onde o colocaram.’
3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo
e foram ao túmulo.
4 Os dois corriam juntos,
mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro
e chegou primeiro ao túmulo.
5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão,
mas não entrou.
6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás,
e entrou no túmulo.
Viu as faixas de linho deitadas no chão
7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não posto com as faixas,
mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o outro discípulo,
que tinha chegado primeiro ao túmulo.
Ele viu, e acreditou.
9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a
Escritura,
segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São John Henry Newman (1801-1890)
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «A dificuldade em compreender os privilégios sagrados», PPS, t. 6, n.° 8
Este é o dia
«Este é o dia que o Senhor fez, nele cantemos e nos alegremos» (Sl 117,24). […] Como cristãos, nascemos para o Reino de Deus desde a mais tenra infância […]; porém, embora tenhamos consciência desta verdade e acreditemos totalmente nela, temos muita dificuldade em captar este privilégio e levamos muitos anos a compreendê-lo; aliás, ninguém o compreende totalmente. […] E, mesmo neste grande dia, neste dia dos dias, em que Cristo ressuscitou dos mortos […], estamos como crianças, […] sem olhos para ver nem coração para compreender quem somos verdadeiramente. […] Este é o dia da Páscoa — repitamo-lo uma vez e outra, com profundo respeito e uma grande alegria.
Como as crianças dizem «Chegou a primavera» ou «Olha o mar», para tentarem captar a ideia […], digamos nós também «Eis o dia dos dias, o dia régio, o dia do Senhor. Eis o dia em que Cristo ressuscitou dos mortos, o dia que nos traz a salvação». Este dia torna-nos maiores do que podemos compreender. É o dia do nosso repouso, o nosso verdadeiro sábado, em que Cristo entrou no seu repouso (cf Hb 4), e nós com Ele. Este dia conduz-nos, em prefiguração, pelo túmulo e as portas da morte, até ao tempo do repouso no seio de Abraão (cf At 3,20; Lc 16,22). Estamos fartos de fadiga, morosidade, lassidão, tristeza e remorso. Estamos cansados deste mundo sofrido, dos seus barulhos e da sua algazarra; a melhor música que nele se toca soa-nos a ruído. Agora, porém, reina o silêncio, e é um silêncio que fala […]: tal é doravante a nossa beatitude.
Começam os dias calmos e serenos em que Cristo Se faz ouvir com a sua «voz doce e tranquila» (1Rs 19,12), porque o mundo deixou de falar. Despojemo-nos do mundo e revistamo-nos de Cristo (cf Ef 4,22; Rm 13,14). […] E, despojando-nos assim, revistamo-nos de coisas invisíveis e imperecíveis! Cresçamos em graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador, estação após estação, ano após ano, até que Ele nos leve consigo […] para o Reino de seu Pai e nosso Pai, do seu Deus e nosso Deus (cf Jo 20,17).
Pelo pessoal de saúde – Confira vídeo do Papa
Rezemos para que o compromisso do pessoal de saúde na assistência às pessoas doentes e aos idosos, sobretudo nos países pobres, seja apoiado pelos governos e pelas comunidades locais.