2ª-feira da 2ª Semana Do Tempo Comum
17 de Janeiro de 2022
Cor: Branco
Evangelho – Mc 2,18-22
O noivo está com eles
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 2,18-22:
Naquele tempo:
18 Os discípulos de João Batista e os fariseus
estavam jejuando.
Então, vieram dizer a Jesus:
‘Por que os discípulos de João
e os discípulos dos fariseus jejuam,
e os teus discípulos não jejuam?’
19 Jesus respondeu:
‘Os convidados de um casamento
poderiam, por acaso, fazer jejum,
enquanto o noivo está com eles?
Enquanto o noivo está com eles,
os convidados não podem jejuar.
20 Mas vai chegar o tempo
em que o noivo será tirado do meio deles;
aí, então, eles vão jejuar.
21 Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha;
porque o remendo novo repuxa o pano velho
e o rasgão fica maior ainda.
22 Ninguém põe vinho novo em odres velhos;
porque o vinho novo arrebenta os odres velhos
e o vinho e os odres se perdem.
Por isso, vinho novo em odres novos’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253)
presbítero, teólogo
Homilia sobre o Levítico
«Nesses dias, jejuarão»
Queres que te mostre que jejum deves praticar? Jejua do pecado, não tomes qualquer alimento de maldade, não aceites refeições de volúpia, não te aqueças com o vinho da luxúria. Jejua das más ações, abstém-te de palavras invejosas, guarda-te de maus pensamentos. Não toques em pães roubados de uma doutrina perversa. Não desejes os alimentos enganadores da filosofia, que te afastam da verdade. É esse o jejum que agrada a Deus. […]
Ao dizer isto, não quero aconselhar-te a relaxares as rédeas da abstinência cristã, visto que temos os dias da quaresma que são consagrados aos jejuns, para além do quarto e do sexto dias da semana, em que jejuamos, de acordo com o costume estabelecido; e o cristão é livre de jejuar em qualquer momento, não por escrúpulo de observância, mas por virtude de continência. Pois como havemos de guardar a castidade, se ela não estiver sustentada no rigoroso apoio da abstinência? Como havemos de nos entregar às Escrituras, como havemos de nos aplicar à ciência e à sabedoria? Não será pela continência do ventre e da garganta? […] Eis um bom motivo para os cristãos jejuarem.
Mas há outro, também ele religioso, cujo elogio é feito nos escritos dos apóstolos. Com efeito, encontramos a seguinte afirmação numa carta: «Feliz o que jejua também para alimentar o pobre»: o seu jejum é muito agradável a Deus e, na verdade, é extremamente digno, pois imita Aquele que deu a vida pelos seus irmãos.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos na seguinte intenção:
Educar para a fraternidade – Assista Vídeo do Papa
Rezemos para que todas as pessoas que sofrem discriminações e perseguições religiosas encontrem nas sociedades onde vivem o reconhecimento dos próprios direitos e da dignidade que nasce de ser irmãos.