19º Domingo Do Tempo Comum
8 de Agosto de 2021
Cor: Verde
Evangelho – Jo 6,41-51
Eu sou o pão que desceu do céu.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,41-51:
Naquele tempo:
41 Os judeus começaram a murmurar
a respeito de Jesus, porque havia dito:
‘Eu sou o pão que desceu do céu’.
42 Eles comentavam:
‘Não é este Jesus, o filho de José?
Não conhecemos seu pai e sua mãe?
Como então pode dizer que desceu do céu?’
Jesus respondeu:
‘Não murmureis entre vós.
44 Ninguém pode vir a mim,
se o Pai que me enviou não o atrai.
E eu o ressuscitarei no último dia.
45 Está escrito nos Profetas:
`Todos serão discípulos de Deus.’
Ora, todo aquele que escutou o Pai
e por ele foi instruído, vem a mim.
46 Não que alguém já tenha visto o Pai.
Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
47 Em verdade, em verdade vos digo,
quem crê, possui a vida eterna.
48 Eu sou o pão da vida.
49 Os vossos pais comeram o maná no deserto
e, no entanto, morreram.
50 Eis aqui o pão que desce do céu:
quem dele comer, nunca morrerá.
51 Eu sou o pão vivo descido do céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão que eu darei
é a minha carne dada para a vida do mundo’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Encíclica «Ecclesia de Eucharistia», § 11
«O pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo»
«O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue» (1Cor 11,23), instituiu o sacrifício eucarístico do seu corpo e sangue. […] A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por excelência, porque dom dele mesmo, da sua Pessoa na sua humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação. Esta não fica circunscrita no passado, pois «tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente» (CIC, 1085).
Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do seu Senhor, este acontecimento central de salvação torna-se realmente presente e «realiza-se também a obra da nossa redenção» (Vaticano II, «Lumen Gentium», 3) Este sacrifício é tão decisivo para a salvação do gênero humano que Jesus Cristo o realizou e só voltou ao Pai depois de nos ter deixado o meio para dele participarmos como se tivéssemos estado presentes.
Assim, cada fiel pode tomar parte nela, alimentando-se dos seus frutos inexauríveis. Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável. É esta verdade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me convosco, meus queridos irmãos e irmãs, em adoração diante deste mistério: mistério grande, mistério de misericórdia. Que mais poderia Jesus ter feito por nós? Verdadeiramente, na Eucaristia, Ele demonstra-nos um amor levado até «ao extremo» (Jo 13,1), um amor sem medida.
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Rezemos pela Igreja, para que receba do Espírito Santo a graça e a força de se reformar à luz do Evangelho.