Sábado da 16ª Semana Do Tempo Comum
24 de Julho de 2021
Cor: Verde
Evangelho – Mt 13,24-30
Deixai crescer um e outro até a colheita!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,24-30
Naquele tempo:
24 Jesus contou outra parábola à multidão:
‘O Reino dos Céus é como um homem
que semeou boa semente no seu campo.
25 Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo,
semeou joio no meio do trigo, e foi embora.
26 Quando o trigo cresceu
e as espigas começaram a se formar,
apareceu também o joio.
27 Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram:
‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo?
Donde veio então o joio?’
28 O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’.
Os empregados lhe perguntaram:
‘Queres que vamos arrancar o joio?’
29 O dono respondeu:
‘Não! pode acontecer que, arrancando o joio,
arranqueis também o trigo.
30 Deixai crescer um e outro até a colheita!
E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo:
arrancai primeiro o joio
e o amarrai em feixes para ser queimado!
Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Venerável Pio XII (1876-1958)
papa
Encíclica «Mystici corporis Christi», 1943
«Deixai-os crescer ambos até à ceifa»
Não se deve julgar que, já durante o tempo da peregrinação terrena, o corpo da Igreja, por levar o nome de Cristo, consta só de membros com perfeita saúde, ou só dos que de fato são por Deus predestinados à sempiterna felicidade. Pela sua infinita misericórdia, o Salvador não recusa lugar no seu corpo místico àqueles a quem o não recusou outrora no banquete (cf. Mt 9,11; Mc 2,16; Lc 15,2). Nem todos os pecados, embora graves, são pela sua natureza tais que separem o homem do corpo da Igreja como fazem os cismas, a heresia e a apostasia.
Nem perdem de todo a vida sobrenatural os que pelo pecado perderam a caridade e a graça santificante, e por isso se tornaram incapazes de mérito sobrenatural, mas conservam a fé e a esperança cristã, e, alumiados pela luz celeste, são divinamente estimulados com íntimas inspirações e moções do Espírito Santo ao temor salutar, à oração e ao arrependimento das suas culpas.
Tenha-se, pois, sumo horror ao pecado que mancha os membros místicos do Redentor; mas o pobre pecador que não se tornou por sua contumácia indigno da comunhão dos fiéis seja acolhido com maior amor, vendo-se nele com caridade operosa um membro enfermo de Jesus Cristo: Pois que é muito melhor, como nota o bispo de Hipona, «curá-los no corpo da Igreja, do que amputá-los como membros incuráveis. Enquanto o membro está ainda unido ao corpo, não devemos desesperar da sua saúde; uma vez amputado, nem se pode curar, nem se pode sarar».
Fonte: Site Evangelho Quotidiano
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