6ª-feira da 16ª Semana Do Tempo Comum
23 de Julho de 2021
Cor: Verde
Evangelho – Mt 13,18-23
Aquele que ouve a palavra e a compreende.
Esse produz fruto.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,18-23:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
18 Ouvi a parábola do semeador:
19 Todo aquele que ouve a palavra do Reino
e não a compreende,
vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração.
Este é o que foi semeado à beira do caminho.
20 A semente que caiu em terreno pedregoso
é aquele que ouve a palavra
e logo a recebe com alegria;
21 mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento:
quando chega o sofrimento ou a perseguição,
por causa da palavra, ele desiste logo.
22 A semente que caiu no meio dos espinhos
é aquele que ouve a palavra,
mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza
sufocam a palavra, e ele não dá fruto.
23 A semente que caiu em boa terra
é aquele que ouve a palavra e a compreende.
Esse produz fruto.
Um dá cem, outro sessenta e outro trinta.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Bento XVI
papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 27/10/2010
Santa Brígida e a Igreja doméstica
O primeiro período na vida desta santa foi caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos, até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais, Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de Brígida para com os seus filhos. […] Brígida, que tinha direção espiritual com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira «Igreja doméstica». Juntamente com o marido, adotou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos pobres, e fundou um hospital.
Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela […], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a sua vida terrena. Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira «espiritualidade conjugal»: em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimônio.
Muitas vezes, como foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. Penso reconhecidamente em muitas mulheres que também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos, a santidade dos casais cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do casamento vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo, a participação na vida da Igreja.
Fonte: Site Evangelho Quotidiano
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