Hoje relembramos os quarenta soldados cristãos, de várias nacionalidades, que foram presos e mortos, em Sebaste, na Armênia no ano 320.
Nesta época o governador, que era grande inimigo dos cristãos, publicou uma ordem afirmando que todos aqueles que não oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam punidos com a morte.
A legião de soldados, então se apresentou afirmando serem cristãos e recusando-se a queimar incenso ou sacrificar animais. Foram por isso castigados para que mudassem de postura, o que nada adiantou, pois se mantiveram fieis a Jesus.
A região apresentava temperaturas muito baixas, de frio intenso. Os soldados foram colocados, nus, num tanque de gelo, sob a guarda de uma sentinela.
Ao lado havia uma sala com banhos quentes, roupas e comida para quem decidisse salvar a vida. Mas eles preferiram salvar a alma e ninguém se rendeu durante três dias e três noites.
Os mártires eram: Acácio, Aécio, Alexandre, Angias, Atanásio, Caio, Cândido, Chúdio, Cláudio, Cirilo, Domiciano, Domno, Edélcion, Euvico, Eutichio, Flávio, Gorgônio, Heliano, Helias, Heráclio, Hesichio, João, Bibiano, Leôncio, Lisimacho, Militão, Nicolau, Filoctimão, Prisco, Quirião, Sacerdão, Severiano, Sisínio, Smaragdo, Teódulo, Teófilo, Valente, Valério, Vibiano e Xanteas.
Fonte: https://bit.ly/30oN3Ft
São Macário (+365)
Seu nome, Macário, tem um significado interessante, quer dizer: “feliz”, “iluminado”. São poucos os dados registrados sobre sua origem e de boa parte de sua vida. Mas, sua atuação foi singular para a Igreja de Roma quando se tornou bispo de Jerusalém, cidade santa para os hebreus, lugar do único Templo erguido ao único Deus; e para os cristãos, lugar da Crucificação e da Ressurreição de Jesus Cristo.
Essa Jerusalém, da época de Macário, não existe mais. Já no ano 70, após ter dominado uma insurreição anti-romana, o futuro imperador Tito havia destruído o Templo. Porém, no ano 135, depois de outra revolta, essa no tempo do imperador Adriano, a mesma cidade foi colocada no chão, perdendo inclusive seu próprio nome. Nas suas ruínas ergueram uma colônia romana chamada “Aelia Capitolina”, com seu Capitólio, construído no lugar exato da sepultura de Jesus.
Macário viveu um momento importantíssimo como bispo. Após a última perseguição anticristã, ordenada e depois suspensa pelo imperador Galerio, entre os anos 305 a 311. Foram os seus sucessores, Constantino e Licínio, que concederam aos cristãos plena liberdade para praticarem sua fé, para celebrarem seu culto e também, para construírem suas igrejas.
Trata-se da “paz constantiniana” que se estendeu a todo Império e inclusive a Jerusalém, onde, o bispo Macário se pôs a trabalhar. Obteve do soberano a autorização para demolir o Capitólio e assim se fez vir novamente à luz a área do Calvário e do Sepulcro do Senhor. Em cima desse local, surgiria mais tarde a grandiosa Basílica da Ressurreição.
No mesmo período, houve no mundo cristão uma grave ruptura, provocada pela doutrina do herege Ário, quanto à natureza de Jesus Cristo. Macário, o bispo de Jerusalém, se opôs pronta e energicamente à doutrina ariana. E, em maio de 325, ele agiu com firmeza no Concílio celebrado em Nicea, próxima a Constantinopla, onde se fez a confirmação da genuína doutrina cristã.
Os registros mostram ainda que o bispo Macário foi um dos autores do símbolo niceno, ou seja, do Credo que até hoje pronunciamos durante a celebração da Santa Missa, onde professamos a fé “em um só Deus, Pai Onipotente” e “em um só Senhor, Jesus Cristo… Deus verdadeiro de Deus Verdadeiro”.
O bispo Macário faleceu de causas naturais no dia 10 de março de 335, em Jerusalém. Seu culto é muito antigo e sua festa ocorre nesse dia.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br