Hoje a Igreja celebra : Santa Úrsula e companheiras, virgens, mártires, séc. IV – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=21&Mes=10&SantoID=406
Ver comentário abaixo:
São Fulgêncio de Ruspe : «Servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1Cor 4,1)
Carta aos Romanos 6,12-18:
Portanto, que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal, de tal modo que obedeçais às suas paixões. Não entregueis os vossos membros, como armas da injustiça, ao serviço do pecado. Pelo contrário, entregai-vos a Deus, como vivos de entre os mortos, e entregai os vossos membros, como armas da justiça, ao serviço de Deus. Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, uma vez que não estais sob a Lei, mas sob a graça. Libertos do pecado Então? Vamos pecar, porque não estamos sob a Lei, mas sob a graça? De modo nenhum! Não sabeis que, se vos entregais a alguém, obedecendo-lhe como escravos, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado que leva à morte, quer da obediência que leva à justiça? Demos graças a Deus: éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que vos foi transmitido como norma de vida. E libertos do pecado, tornastes-vos escravos da justiça.
Livro de Salmos 124
(123),1-3.4-6.7-8:Se o SENHOR não estivesse do nosso lado
– que o diga Israel –se o Senhor não estivesse do nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,
ter-nos-iam engolido vivos quando a sua fúria ardia contra nós.
As águas ter-nos-iam submergido, a torrente teria passado sobre nós.
Então, sim, teriam passado sobre nós as águas turbulentas!
Bendito seja o SENHOR, que não nos entregou como presa nos seus dentes!
nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos.
nosso auxílio está no nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.
Evangelho segundo S. Lucas 12,39-48:
Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa. Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.» Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?» O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: ‘O meu senhor tarda em vir’ e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo-o partilhar da sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites. Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Fulgêncio de Ruspe (467-532), bispo na África do Norte
Sermão 1; CCL 91A, 889 (a partir da trad. de Orval)
Para bem precisar o papel dos servos que colocou à frente do seu povo, o Senhor diz estas palavras que o Evangelho narra: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim». Quem é este mestre, irmãos? Sem dúvida alguma é Cristo, que disse aos discípulos: «Vós chamais-me ‘o Mestre’ e ‘o Senhor’, e dizeis bem, porque o sou» (Jo 13,13). E quem é o pessoal da casa de tal mestre? É evidentemente esse que o próprio Senhor resgatou das mãos do inimigo, e tornou seu. Esse pessoal é a Igreja santa e universal que com maravilhosa fecundidade se propaga por todo o mundo e se glorifica por ter sido resgatada pelo preço do sangue do Senhor […].
Mas quem é o administrador fiel e prudente? O apóstolo Paulo no-lo mostra, ao falar de si próprio e dos seus companheiros nestes termos: «Considerem-nos, pois, servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer dos administradores é que se sejam fiéis» (1Cor 4,1-2). E para que ninguém de entre nós pense que apenas os apóstolos se tornaram administradores, e para que nenhum servo, preguiçoso e infiel, abandone o combate espiritual ou se ponha a dormir, o santo apóstolo refere-se claramente aos próprios bispos como administradores: «É preciso que o bispo, como administrador de Deus, seja irrepreensível», diz-nos (Tt 1,7). Somos, pois, os servos do Pai de família, os administradores do Senhor, e d’Ele recebemos a ração de trigo que distribuiremos por vós.