Sábado da 32ª Semana Do Tempo Comum
14 de Novembro de 2020
Cor: Verde
Evangelho – Lc 18,1-8
Deus fará justiça aos seus
escolhidos que gritam por ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,1-8:
Naquele tempo:
1 Jesus contou aos discípulos uma parábola,
para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre,
e nunca desistir, dizendo:
2 ‘Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus,
e não respeitava homem algum.
3 Na mesma cidade havia uma viúva,
que vinha à procura do juiz, pedindo:
`Faze-me justiça contra o meu adversário!’
4 Durante muito tempo, o juiz se recusou.
Por fim, ele pensou:
‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum.
5 Mas esta viúva já me está aborrecendo.
Vou fazer-lhe justiça,
para que ela não venha a agredir-me!”
6 E o Senhor acrescentou:
‘Escutai o que diz este juiz injusto.
7 E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos,
que dia e noite gritam por ele?
Será que vai fazê-los esperar?
8 Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa.
Mas o Filho do homem, quando vier,
será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Venerável Pio XII (1876-1958)
papa
Discurso de 17 de janeiro de 1943, aos representantes dos centros de apostolado da oração de Itália
«E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite?»
Ao ver-vos aqui reunidos à nossa volta, parece-nos fazer nossa, revivendo-a, aquela cena grandiosa e comovente que a Sagrada Escritura nos apresenta: enquanto o povo de Deus combate na planície, Moisés reza no alto do monte Horeb, com os braços ao alto, imagem profética e inconsciente do grande Mediador de braços estendidos sobre a cruz. Ao lado do chefe em oração, receando que venham a faltar-lhe as forças neste duro ato de imploração, dois dos seus mais fiéis colaboradores seguram-lhe os braços com filial solicitude, cheios de fé na eficácia da oração do seu chefe (cf Ex 17,8).
Também nós assistimos, do alto desta colina do Vaticano, a um conflito incomparavelmente mais vasto e mais importante que aquele, conflito verdadeiramente imenso, que opõe os povos de toda a Terra; conflito espiritual, que é um episódio da luta, permanente e intensa, contra o mal, de Satanás contra Cristo. De mãos estendidas para o céu, sentimos sobre os nossos ombros o peso de uma responsabilidade indizível, e uma dor profunda nos aperta o coração, que encontra conforto em vós, tão fiéis junto de nós, unindo a vossa oração à nossa, os vossos sacrifícios aos nossos sofrimentos, os vossos trabalhos às nossas fadigas. […]
A verdadeira oração do cristão, ensinada a todos por Jesus, mas que é especialmente a vossa, é uma oração essencialmente apostólica, e inclui a santificação do Nome de Deus, a vinda e a extensão do seu Reino, a fiel adesão às disposições da sua Providência amorosa e à sua vontade redentora e beatificadora; bem como todos os interesses espirituais e materiais dos homens, o pão de cada dia, o perdão dos pecados, a união fraterna que não conhece o ódio nem o rancor, o socorro necessário para não sucumbir à tentação, a libertação de todo o mal. […]
Imensa na sua brevidade, a oração dominical compreende e abarca a universalidade das necessidades do mundo; e o Salvador recolhe todas estas necessidades, tomando-as em consideração e recomendando-as ao Pai celeste nos mais pequenos detalhes, pois todos Lhe estamos especialmente presentes. […] Tal é o vosso modelo.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração universal – A inteligência artificial
Rezemos para que o progresso da robótica e da inteligência artificial esteja sempre a serviço do ser humano.