3ª-feira da 22ª Semana Do Tempo Comum
1 de Setembro de 2020
Cor: Verde
Evangelho – Lc 4,31-37
Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,31-37:
Naquele tempo:
31 Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia,
e aí ensinava-os aos sábados.
32 As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento,
porque Jesus falava com autoridade.
33 Na sinagoga, havia um homem
possuído pelo espírito de um demônio impuro,
que gritou em alta voz:
34 ‘O que queres de nós, Jesus Nazareno?
Vieste para nos destruir?
Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!’
35 Jesus o ameaçou, dizendo:
‘Cala-te, e sai dele!’
Então o demônio lançou o homem no chão,
saiu dele, e não lhe fez mal nenhum.
36 O espanto se apossou de todos
e eles comentavam entre si:
‘Que palavra é essa?
Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder,
e eles saem.’
37 E a fama de Jesus se espalhava
em todos os lugares da redondeza.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Cirilo de Jerusalém (313-350)
bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses baptismais, n.° 11, 5-10
«A vossa palavra onipotente» (Sb 18,15)
Deus é espírito (Jo 5,24). Aquele que é espírito gerou, pois, espiritualmente […], por uma geração simples e incompreensível. O próprio Filho diz do Pai: «O Senhor disse-Me: “Tu és meu Filho, hoje mesmo Te gerei”» (Sl 2,7). Este hoje não é recente, mas eterno; este hoje não é deste tempo, mas de todos os séculos. «Desde o dia do teu nascimento, receberás o principado no esplendor sagrado, desde o seio materno, desde a aurora da tua infância» (Sl 109,3). Crê, pois, em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, mas Filho único, como afirma o Evangelho: «Porque Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). […]
São João afirma a este propósito: «E nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade» (Jo 1,14). Os próprios demônios, tremendo à sua frente, gritavam: «Ah! Que tens que ver conosco, Jesus de Nazaré? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Ele é, portanto, Filho de Deus por natureza e não por adoção, pois nasceu do Pai. […] O Pai, Deus verdadeiro, gerou o Filho à sua semelhança, Deus verdadeiro. […] O Pai gerou o Filho de forma diferente de como nos homens o espírito gera a palavra; pois o espírito subsiste em nós, enquanto a palavra, uma vez pronunciada, se desvanece.
Ora, nós sabemos que Cristo foi gerado «pela palavra de Deus vivo e eterno» (1Pd 1,23), nascida do Pai eternamente, de modo inexprimível, da mesma natureza que Ele: «No princípio existia o Verbo e o Verbo era Deus» (Jo 1,1). Palavra que contém a vontade do Pai e cria todas as coisas por sua ordem; Palavra que desce e que volta (cf Is 55,11); […] Palavra cheia de autoridade e que tudo rege, porque Jesus sabia que o Pai depositara todas as coisas nas suas mãos (cf Jo 13,3).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de setembro, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração universal – Respeito pelos recursos do planeta
Rezemos para que os recursos do planeta não sejam saqueados, mas partilhados de forma justa e respeitosa.