21o Domingo do Tempo Comum: O poder das chaves – Reflexão bíblica de Pe. Osmar Debatin

LEITURAS
1ª leitura: Is 22,19-23 = Eu o farei levar aos ombros a chave da casa de Davi
Salmo Responsorial: Sl 137 = Ó Senhor, vossa bondade é para sempre
2ª leitura: Rm 11,33-36 = Tudo é dele, por ele, e para ele
Evangelho: Mt 16,13-20 = Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus

A celebração deste final de semana convida a Igreja e cada celebrante a refletir sobre o poder e, mais especificamente, o poder que vem de Deus pelo chamado vocacional, traduzido como ministério; como serviço. Na profecia de Isaías (1ª Leitura), Deus coloca o poder nas mãos de Eliacim. No Evangelho, Jesus coloca o poder nas mãos de Pedro.

Existe toda uma simbologia dos poderes. Isaías fala de túnica, faixa, chaves, indicativo de ser revestido (túnica e faixa) do poder. Como Isaías, Jesus faz menção às chaves, símbolo de permitir ou negar o ingresso no palácio, permitir ou negar o ingresso na Igreja. Exercerá este poder não com o zelo ciumento de um guardião que se sente dono, mas com a bondade de um pai que ama o seu povo com o olhar divino, direcionado especialmente para os pobres (Salmo Responsorial).

1 – Qualidades do poder
No contexto desse tempo marcado por crises sociais e políticas, é uma graça poder refletir, à luz da Palavra de Deus, como a Bíblia entende o poder político. O poder político é quase demonizado por alguns, outros tantos entendem o poder político como absoluto. Alguns usam o poder como campo de batalha, de confronto, de discussões ideológicas. Em nossos dias, parece que poucos entendem o poder como serviço harmonizador e promotor da paz, como ouvimos no final da 1ª leitura.

A Palavra que ouvimos chama atenção para um fato que merece ser considerado. Deus não se serve de critérios como força física, riqueza ou fama para entregar o poder. O poder é dado a quem tem qualidades paternas. A 1ª leitura dizia que Sobna foi destituído do poder porque era corrupto e tratava o povo com descaso. Porque Eliacim era honesto e paternal com o povo, Deus o escolheu e o colocou à frente do seu povo. A honestidade, o interesse pela vida do povo e a atitude paternal para com o mesmo povo são luzes que ajudam a avaliar quem é o político que está no poder.

2 – Pedro é a pedra
Quando Jesus passa o poder das chaves a Pedro, ele é convidado a ter as mesmas características propostas por Isaías. O Papa, mas também todos os pastores que estão à frente da Igreja, são convidados a se relacionar com o povo de modo paternal, quer dizer, dedicados ao cuidado da vida do povo. Para isso é necessário a bondade, a dedicação na condução e educação do povo nos caminhos de Deus, no caminho do Evangelho, na fé que Jesus é o Filho de Deus.

Estas são condições para, como Pedro, se tornar pedra, ser um fundamento sólido, como diz a parábola de Jesus das duas casas, uma construída sobre a rocha e a outra construída sobre a areia. O Papa, os bispos, e também os padres, devem ser pedras, fundamentos sólidos para que a comunidade seja construída, jamais pela opressão de um poder religioso, por exemplo, mas sempre pelo cuidado paternal da vida do povo.

3 – Os ministérios na Igreja e na comunidade
A dedicação para o bem da vida do povo, contudo, não é exclusividade dos bispos e padres. Todos são chamados a se dedicarem a este serviço em algum ministério da Igreja que temos aqui na comunidade. Temos muitos ministérios na nossa comunidade e temos muita gente que responde ao chamado vocacional e se dedica como servidor e não como dono de pastorais.

Graças a Deus, muitos são os ministros e ministras que atendem e se dedicam à comunidade de modo paternal e maternal. Vemos isso, por exemplo, em catequistas, no ministério da Pastoral da Saúde, no ministério da Pastoral Social e tantos outros. Hoje, rezamos para que Deus acorde muitos corações para dedicarem-se a algum serviço ministerial, na comunidade. Quem é Jesus para você? Ele merece mais que uma resposta teórica; ele merece uma resposta em forma de serviço e de dedicação para o bem do povo.

Pe. Osmar Debatin 

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