Sábado da 19ª Semana Do Tempo Comum
15 de Agosto de 2020
Cor: Verde
Evangelho – Mt 19,13-15
Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim,
porque delas é o Reino dos Céus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 19,13-15:
Naquele tempo:
13 Levaram crianças a Jesus,
para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração.
Os discípulos, porém, as repreendiam.
14 Então Jesus disse:
‘Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim,
porque delas é o Reino dos Céus.’
15 E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia a
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Homilia 58 sobre a Páscoa
«Dos que são como elas é o reino dos Céus».
Com que grande e admirável dom nos presenteou Deus, meus irmãos! Na sua Páscoa, a ressurreição de Cristo faz renascer na inocência dos pequenos aquilo que outrora perecia no pecado. A simplicidade de Cristo torna sua a infância. A criança é sem rancor, não conhece a fraude, não ousa fazer mal. Assim, esta criança em que o cristão se transformou não se importa de ser insultado, não se defende se for desapossado, não devolve os golpes se for atacado. O Senhor exige-nos mesmo que rezemos pelos nossos inimigos, que abandonemos túnica e manto aos ladrões, que apresentemos a outra face (cf Mt 5,39s).
A infância em Cristo ultrapassa a infância simplesmente humana. Esta ignora o pecado, aquela detesta-o. Esta deve a inocência à fraqueza, aquela à virtude. Ainda é digna de mais elogios: o seu ódio ao mal provém da vontade, e não da impotência. Podemos, evidentemente, encontrar a sabedoria de um velho numa criança, ou a inocência da juventude nas pessoas idosas. E o amor reto e verdadeiro pode amadurecer os jovens: «A honra da velhice não consiste numa longa vida», diz o Profeta, «e não se mede pelo número de anos, mas pela inteligência» (Sb 4,8-9).
Mas aos apóstolos já maduros e idosos, o Senhor diz: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no reino dos céus» (Mt 18,3). E remete-os para a própria fonte da sua vida; incita-os a retomar a infância, a fim de que os homens cujas forças declinam renasçam para a inocência do coração: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus» (Jo 3,5).
Comentário do dia b
Santo Amadeu de Lausana (1108-1159)
monge cisterciense, bispo
Homilia mariana VI, SC 72
«Levanta-te e vem, minha amiga» (Ct 2,10)
Foi o teu Filho, ó Maria! Foi Ele que, por ti, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia e, na tua carne, subiu acima de todos os Céus, para restaurar todas as coisas. Tu estás, por isso, na posse da tua alegria, ó bem-aventurada, tu recebeste em herança o objeto do teu desejo e a coroa da tua cabeça. Ele trouxe-te a soberania do Céu pela glória, a realeza do mundo pela misericórdia, o domínio do inferno pelo poder. Com sentimentos diversos, todas as criaturas respondem, pois, à tua glória grande e inefável: os anjos pela honra, os homens pelo amor, os demônios pelo temor.
Pois tu és venerável para o Céu, amável para o mundo, terrível para o inferno. Rejubila, pois, e sê feliz, pois ressuscitou Aquele que te recebe, que é a tua glória, que exalta a tua cabeça. Tu rejubilaste na sua concepção, afligiste-te na sua Paixão. Rejubila agora de novo na sua ressurreição, e ninguém te tirará a tua alegria, pois Cristo ressuscitado dos mortos não volta a morrer, a morte deixou de ter poder sobre Ele.
O Espírito chama-te e Deus diz-te: «Levanta-te e avança, minha amiga, minha rola, minha bela, e vem. Pois o inverno passou; a chuva desapareceu, cessou; as flores surgiram na nossa terra, chegou o tempo da colheita» (Ct 2,10-12). […] O incensório segue o incenso, elevado pela mão do Senhor, e ascende até ao trono de Deus. Ele ascende, rodeado pela corte dos espíritos angélicos, que bradam nas alturas, dizendo: «Quem é esta, que sobe pelo deserto como coluna de fumo exalando perfumes de mirra e incenso, e de todos os pós do perfumista?» (Ct 3,6).
Intenção de oração universal – O mundo do mar
Rezemos por todas as pessoas que trabalham e vivem do mar, entre elas os marinheiros, os pescadores e suas famílias.