2ª-feira da 14ª Semana Do Tempo Comum
6 de Julho de 2020
Cor: Verde
Evangelho – Mt 9,18-26
Minha filha acaba de morrer.
Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 9,18-26
18 Enquanto Jesus estava falando,
um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele,
e disse: ‘Minha filha acaba de morrer.
Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá.’
19 Jesus levantou-se e o seguiu,
junto com os seus discípulos.
20 Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia, há doze anos,
veio por trás dele e tocou a barra do seu manto.
21 Ela pensava consigo:
‘Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele,
ficarei curada.’
22 Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse:
‘Coragem, filha! A tua fé te salvou.’
E a mulher ficou curada a partir daquele instante.
23 Chegando à casa do chefe,
Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada,
24 e disse: ‘Retirai-vos,
porque a menina não morreu, mas está dormindo.’
E começaram a caçoar dele.
25 Quando a multidão foi afastada,
Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou.
26 Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Beato Charles de Foucauld (1858-1916)
eremita e missionário no Saara
Retiro feito em Nazaré 1897
«A tua fé te salvou»
A fé é o que faz com que acreditemos do fundo da alma […] em todas as verdades que a religião nos ensina: no conteúdo da Sagrada Escritura e em todos os ensinamentos do Evangelho, enfim, em tudo o que nos é proposto pela Igreja. O justo vive realmente desta fé (Rm 1,17) porque, para ele, a fé substitui a maior parte dos sentidos. Ela transforma todas as coisas, de modo que os sentidos antigos já pouco podem servir à alma: por eles, a alma apenas percebe aparências enganadoras, enquanto a fé lhe mostra a realidade.
O olho mostra-lhe um homem pobre; a fé mostra-lhe Jesus (cf Mt 25,40). O ouvido fá-lo ouvir injúrias e perseguições; a fé canta-lhe: «Alegrai-vos e rejubilai de alegria» (cf Mt 5,12). O tato faz-nos sentir o apedrejamento recebido; a fé diz-nos: «Sentiram grande alegria por terem sido considerados dignos de sofrer alguma coisa pelo nome de Cristo» (cf At 5,41). O olfato faz-nos sentir o incenso; a fé diz-nos que o verdadeiro incenso «são as orações dos santos» (Ap 8,4).
Os sentidos seduzem-nos pela beleza criada; a fé pensa na beleza incriada e compadece-se de todas as criaturas, que são um nada e uma poeira ao lado dessa beleza. Os sentidos têm horror à dor; a fé bendi-la como a coroa do matrimônio que a une ao seu Bem-amado, a caminhada com o Esposo, a mão na sua mão divina.
Os sentidos revoltam-se contra a injúria; a fé abençoa-a — «Abençoai os que vos maldizem» (Lc 6,28) — […], achando-a doce, porque significa partilhar o destino de Jesus. […] Os sentidos são curiosos; a fé nada quer conhecer: anseia por ser sepultada e quereria passar toda a sua vida imóvel ao pé do tabernáculo.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de julho rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração universal – As nossas famílias
Rezemos para que as famílias de hoje sejam acompanhadas com amor, respeito e conselho.