Centenas de pessoas assistiram hoje, 29, o funeral do padre italiano Ruggero Ruvoletto, assassinado no último dia 19, em Manaus. A cerimônia foi realizada na cidade italiana de Pádua, localizada na região do Vêneto.
O rito fúnebre foi conduzido pelo bispo de Pádua, dom Antonio Mattiazzo, e pelos bispos brasileiros: Francesco Biasin, da diocese de Pesqueira (PE); Bernardino Marchió, de Caruaru (PE); Mariano Manzana, de Mossoró (RN); Valério Breda, de Penedo (PE); Genival Saraiva de França, de Palmares (PE) e o padre Stefano Moino, representando a arquidiocese de Manaus.
”Como qualquer autêntico missionário, o padre Ruvoletto era integrado com o povo, compartilhando o sacrifício e o sofrimento para oferecer o bem mais precioso: Jesus e o seu Evangelho", ressaltou o bispo de Pádua durante sua homilia.
O sacerdote foi enterrado no cemitério da cidade Galta di Vigonovo, província de Veneza (região do Vêneto), onde Ruvoletto nasceu.
No dia 25, a arquidiocese de Manaus saudou o missionário italiano com duas missas de sétimo dia, na igreja de Santo Antônio e na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, que ficaram lotadas de fiéis. Lideranças religiosas e membros da comunidade onde o padre atuava, no bairro Santa Etelvina, zona Norte, acompanharam emocionados a missa na catedral, celebrada pelo arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira.
De acordo com dom Luiz, em artigo publicado no site da CNBB intitulado “Desse jeito não dá”, nos últimos meses, uma série de crimes foram praticados contra religiosos ou contra a Igreja em Manaus. “Nestes últimos dois meses a Igreja Católica em Manaus sentiu na pele a urgência de levar-se bem mais a sério esse problema da criminalidade. Do jeito como andam os atos de violência contra pessoas e instituições ligadas a nós não dá pra continuar. Veja só o elenco dos fatos: primeiro, assaltaram a mão armada o convento dos capuchinhos; segundo, invadiram a mão armada a Casa das Irmãs Idosas e Doentes do Patronato Santa Terezinha; terceiro, entraram com mão armada numa casa paroquial e roubaram tudo, entre outros, findando no assassinato vil e cruel do padre Ruggero Ruvoletto”, afirmou dom Luiz.
O padre Ruvoletto tinha de 52 anos, foi ordenado sacerdote em 6 de junho de 1982, e trabalhava em Manaus há dois anos.
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