No dia 25 de março, durante sua visita à paróquia de Loreto, o Papa Francisco assinou sua mais nova exortação: Cristo Vive (Christus Vivit). O documento é dirigido aos jovens e a todo o povo de Deus, e é a resposta do papa à Igreja após ter ocorrido, no ano passado, o Sínodo, em Roma, sobre a juventude, a fé e o discernimento vocacional.
Inicia o Papa, na Christus Vivit, justamente com uma boa notícia de ressurreição dirigida aos jovens: CRISTO VIVE: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem cristão, são estas: Ele vive e quer-te vivo!
Buscando aprofundar e beber deste presente do Papa à Igreja, ao longo deste ano, estaremos meditando sobre alguns aspectos vocacionais da exortação. Especialmente sobre os dois últimos capítulos, que tratam da vocação e do discernimento.
Em primeiro lugar, o Papa Francisco situa o chamado universal à santidade, em referência à encíclica Gaudete et Exsultate. Deus chama a todos para serem santos hoje, nos tempos modernos, com seus riscos, desafios e oportunidades. Sim! Oportunidades! – Diz o Papa. Porque, imersos em novos tempos, ainda descobrindo onde exatamente se encontram, os fiéis encontram novas oportunidades de serem santos, na vida familiar, no trabalho, nos estudos, etc.
O Papa salienta o quanto a vocação de cada um deve ser vista sob o amor de Deus paciente e misericordioso, chamado de um amigo que ama a cada ser humano. É como se Jesus repetisse a cada vocacionado: Pedro, Tu me amas? Não é fruto do acaso inconsciente e inconsequente, mas é fruto do amor de Deus. “A salvação, que Deus nos dá, é um convite para fazer parte duma história de amor, que está entrelaçada com as nossas histórias” (CV 252).
Porém, muito importante é entender a vocação como ser- -para-os-outros, além de ser- -para-mim-mesmo. “A nossa vida na terra atinge a sua plenitude, quando se transforma em oferta. […] Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo” (CV 254). A missão, reflete o Papa, faz o vocacionado esforçar-se para reconhecer em si as capacidades necessárias para o serviço ao qual se sente chamado. Assim, as tarefas que cada um exerce são dons de Deus que os tornam felizes, e não mecanismos para agradar os outros. E enfim, seguir a vocação de Deus não é trair a própria liberdade, porque nossa vida é nossa vocação. Ser vocacionado não é receber de Deus uma revelação detalhada sobre o futuro, mas ir dialogando com Ele aquela orientação amorosa que é capaz de nos tornar plenamente realizados e felizes.
Estágio vocacional
Lembramos ainda a todos os rapazes sobre nosso primeiro encontro vocacional deste ano, para aqueles que querem conhecer mais sobre a vocação presbiteral. Será no dia 16 de junho, domingo, na Paróquia Santa Terezinha, bairro Escola Agrícola, Blumenau. Terá início com a missa das 8h, e será conduzido pelos seminaristas da diocese. Seguirá pela manhã até à tarde, por volta das 17h. Destina-se a jovens a partir dos 16 anos, e o objetivo é gerar convivência com aqueles que manifestam interesse pela vocação presbiteral, ajudando-os a encontrar respostas e aprofundando a compreensão que cada um tem sobre a identidade e a missão do presbítero na Igreja.