3ª-feira da 5ª Semana da Quaresma – 9 de Abril de 2019 – Cor: Roxo
Evangelho – Jo 8,21-30
Quando tiverdes elevado o Filho do Homem,
então sabereis que eu sou.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8,21-30:
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus:
21 ‘Eu parto e vós me procurareis,
mas morrereis no vosso pecado.
Para onde eu vou,
vós não podeis ir.’
22 Os judeus comentavam:
‘Por acaso, vai-se matar?
Pois ele diz:
‘Para onde eu vou,
vós não podeis ir’?’
23 Jesus continuou:
‘Vós sois daqui de baixo,
eu sou do alto.
Vós sois deste mundo,
eu não sou deste mundo.
24 Disse-vos que morrereis nos vossos pecados,
porque, se não acreditais que eu sou,
morrereis nos vossos pecados.’
25 Perguntaram-lhe pois:
‘Quem és tu, então?’
Jesus respondeu:
‘O que vos digo, desde o começo.
26 Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito,
e a julgar também.
Mas aquele que me enviou é fidedigno,
e o que ouvi da parte dele
é o que falo para o mundo.’
27 Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai.
28 Por isso, Jesus continuou:
‘Quando tiverdes elevado o Filho do Homem,
então sabereis que eu sou,
e que nada faço por mim mesmo,
mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou.
29 Aquele que me enviou está comigo.
Ele não me deixou sozinho,
porque sempre faço o que é de seu agrado.’
30 Enquanto Jesus assim falava,
muitos acreditaram nele.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153)
monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermões diversos, n.º 22
«Quando levantardes o Filho do homem, então sabereis que Eu sou»
Deves a Cristo Jesus toda a tua vida, pois Ele deu a sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não suportasses os tormentos eternos. Que poderá haver para ti de duro e medonho, se te lembrares de que Aquele que era de condição divina na luz da sua eternidade, antes do nascer da aurora, no esplendor dos santos, Ele mesmo resplendor e imagem da substância de Deus, veio à tua prisão, enterrar-Se até ao pescoço, como se costuma dizer, no fundo do teu lodo? (Fl 2,6; Sl 109,3; Hb 1,3; Sl 68,3)
O que não te parecerá suave, quando tiveres reunido no teu coração todas as tristezas do teu Senhor e te lembrares, primeiro, das condicionantes da sua infância, depois, das fadigas da sua pregação, das tentações dos seus jejuns, das suas vigílias de oração, das suas lágrimas de compaixão, das maquinações que armaram contra Ele […] das injúrias, dos escarros, das bofetadas, das chicotadas, do escárnio, da troça, dos pregos, de tudo o que suportou para nossa salvação?
Que compaixão imerecida, que amor gratuito assim provado, que estima inesperada, que doçura surpreendente, que bondade invencível! O Rei da glória (Sl 23) crucificado por um escravo desprezível! Quem ouviu jamais tal coisa, quem viu alguma vez algo semelhante? «Dificilmente alguém morria por um justo» (Rm, 5,7); Ele, porém, foi por inimigos e por injustos que morreu, escolhendo deixar o Céu para nos conduzir ao Céu, ele, o amigo, o sábio conselheiro, o apoio firme. Que darei eu ao Senhor por tudo quanto Ele me deu (Sl 115,3)?
Neste mês de abril, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planeamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.