4ª-feira da 3ª Semana da Quaresma – 27 de Março de 2019 – Cor: Roxo
Evangelho – Mt 5,17-19
Aquele que praticar e ensinar os mandamentos,
este será considerado grande.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,17-19:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
17 Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir,
mas para dar-lhes pleno cumprimento.
18 Em verdade, eu vos digo:
antes que o céu e a terra deixem de existir,
nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei,
sem que tudo se cumpra.
l9 Portanto, quem desobedecer
a um só destes mandamentos, por menor que seja,
e ensinar os outros a fazerem o mesmo,
será considerado o menor no Reino dos Céus.
Porém, quem os praticar e ensinar
será considerado grande no Reino dos Céus.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Do espírito e da palavra, 28-30; PL 44, 217ss.
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar»
A graça, que estava como que velada no Antigo Testamento, foi plenamente revelada no Evangelho de Cristo por uma disposição harmoniosa dos tempos, como Deus tem o costume de dispor harmoniosamente todas as coisas. […] Mas, no interior desta admirável harmonia, constatamos uma grande diferença entre as duas épocas. Assim, no Sinai, o povo não ousava aproximar-se do lugar onde o Senhor dava a sua Lei; no Cenáculo, o Espírito Santo desce sobre aqueles que estão reunidos à espera de que a promessa se cumpra (Ex 19,23; At 2,1).
Inicialmente, o dedo de Deus gravou a sua lei em tábuas de pedra; agora, é no coração dos homens que Ele a escreve (Ex 31,18; 2Cor 3,3). Antigamente, a Lei estava escrita no exterior e inspirava medo aos pecadores; agora é interiormente que lhes é dada, a fim de os tornar justos. […] Na verdade, como diz o Apóstolo Paulo, tudo o que está escrito em tábuas de pedra, «não cometerás adultério, não matarás, […], não cobiçarás e outras coisas semelhantes, resumem-se num só mandamento: amarás o teu próximo como a ti mesmo.
A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da Lei» (Rom 13,9s; Lv 19,18). […] Esta caridade foi «difundida em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5,5).
Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.