Leituras bíblicas – 11 de setembro de 2009
5ª. feira da 23ª semana do tempo Comum
1ª Leitura (1Tm 1,1-2.12-14)
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Jesus Cristo, nossa esperança, a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo nosso Senhor.
Agradeço Àquele que me deu força, a Jesus Cristo nosso Senhor, que me considerou digno de confiança, tomando-me para ao seu serviço, apesar de eu ter sido um blasfemo, perseguidor e insolente. Mas eu obtive misericórdia porque eu agia sem saber, longe da fé. Sim, ele me concedeu com maior abundância a sua graça, junto com a fé e o amor que estão em Jesus Cristo.
Salmo 15(16)
Guarda-me, Deus, pois eu me abrigo em ti. Eu digo ao Senhor:”Tu és o meu bem!”
Bendigo ao Senhor que me aconselha e, mesmo de noite, interiormente me instrui. Tenho o Senhor à minha frente sem cessar. Com ele à minha direita, jamais vacilarei.
Evangelho (Lc 6,39-42)
E Jesus fez estas comparações:
– Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.
– Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
Comentário:
A palha e a trave – Explicação de Santo Agostinho
Nesta passagem, o Senhor nos coloca em alerta contra o juízo temerário e injusto; Ele quer que nos comportemos com coração simples, voltado unicamente para Deus. Existem, de fato, muitas atitudes, cujas intenções, fogem do nosso conhecimento e, portanto, seria temerário julgá-las. Os mais prontos a julgar e a censurar os outros são aqueles que preferem condenar em lugar de corrigir e resgatar o bem; esta tendência é sinal de orgulho e mesquinhez… Um homem, por exemplo, peca por irritação e tu o repreendes com ódio; entre a irritação e o ódio existe a mesma diferença que existe entre a palha e a trave. O ódio é uma irritação inveterada que, com o tempo, assumiu dimensões tais, ao ponto de merecer o nome de trave. Pode acontecer de caíres em irritação, na tentativa de corrigir; mas o ódio não corrige, jamais… Primeiro, afasta de ti o ódio e só depois poderás corrigir aquele que amas.
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte da África) e doutor da Igreja – Explicação do sermão da montanha, 19,63